O volante Arouca e o árbitro Márcio Chagas da Silva foram vítimas de racismo nesta semana. O camisa 5 do Santos foi hostilizado durante a partida contra o Mogi Mirim pelo Paulistão, nesta quinta-feira. Já o juiz, teve o seu carro depredado e havia uma banana no veículo. O caso aconteceu, na quarta-feira, após a partida entre Esportivo e Veranópolis, pelo Campeonato Gaúcho.
No programa “Arena SporTV” desta sexta-feira, os dois episódios foram repercutidos e debatidos. A enquete do dia perguntava se “Os clubes também devem ser punidos por casos de racismo dos seus torcedores?”. E o jornalista Fernando Galvão acredita que estas entidades também devem ser castigadas.
- Respondo sim, mas não entendo que tenham a responsabilidade nisso. Eu só acho que é uma forma de você tentar intimidar o torcedor bandido da arquibancada de tomar uma atitude que prejudique o seu próprio clube. Então eu votaria no sim, acho que o clube pode ser punido pela federação ou confederação, mas não porque tem culpa e participação na ofensa racista que foi feita na arquibancada.
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O narrador Oscar Ulisses acredita que o infrator se sentirá pressionado caso saiba que o seu time será punido.
- Eu voto sim. Acho que para pressionar quem comete o racismo, o clube poderia ser responsabilizado também. Ele não tem na verdade a responsabilidade, porque pode ser um torcedor que nem seja do clube. Mas eu acho que todas as formas de pressionar um pouco o torcedor que vai para cometer esses delitos são válidas.
Já o jornalista Wagner Vilaron analisa que os clubes estão numa situação confortável, pois estão se omitindo de qualquer responsabilidade.
- Eu acho que é um processo de intimidação que se faz necessário. O ser humano se doutrina ou pela educação, formação moral, ou pela intimidação. Os que não conseguem fazer isso pela educação tem que ser intimidados. Mas também, o clube tem que ter uma participação mais ativa na identificação e punição desses torcedores. Seja do que xinga o outro com ofensas racistas, seja daquele que arremessa alguma coisa dentro de campo. O clube muitas vezes é omisso. Eu acho que o clube tem de ter a responsabilidade de identificar e de ajudar as autoridades a mandarem essa gente para o devido lugar, que é a prisão, pois são criminosos. Então não dar a punição ao clube, fica uma situação muito cômoda.
Arouca, durante a partida entre Mogi Mirim e Santos (Foto: Léo Santos/Agência Estado)