Em meio à renovação de elenco pela qual passa o Santos, um nome chama atenção pela regularidade acima da média: Montillo. Desde que passou a jogar mais avançado, próximo à linha de atacantes e com liberdade para flutuar no meio-campo, o argentino virou a principal referência da equipe de Claudinei Oliveira. O próprio treinador, inclusive, não tem dúvidas de que o camisa 10 é, hoje, o cérebro do time, e explica que a nova postura tática do jogador, em suas devidas proporções, assemelha-se à de Lionel Messi no Barcelona.
- Ele tem sido o destaque dos últimos jogos. É uma vitória dele e também um pouquinho nossa (comissão técnica), por ter tido a humildade de perguntar a ele onde se sentia melhor. A gente sabe da importância dele. Guardadas as devidas proporções, ele exerce uma função como a do Messi. Vai para cima dos zagueiros e, como eles não têm a mesma velocidade para acompanhá-lo, isso libera os atacantes. Ele é muito aplicado, nunca se recusou a nada. O time tem que procurar cada vez mais o Montillo. Ele faz a diferença, é um dos melhores do Campeonato Brasileiro -– justifica.
Montillo é um destaques do Santos de Claudinei Oliveira (Foto: Ivan Storti / Santos FC)
Montillo chegou ao Santos no começo do ano. Contratação mais cara da história do clube (R$ 16 milhões), o meia teve início de temporada irregular, tendo dificuldades para exercer o papel de meia-armador quando o Peixe era dirigido por Muricy Ramalho e sendo contestado por parte da torcida. Mesmo assim, o jogador chamou atenção do técnico Alejandro Sabella, que o convocou para a seleção argentina - –na qual, aliás, vinha sendo reserva do próprio Messi em partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo.
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Claudinei também exaltou Montillo quando questionado sobre a importância do time não sofrer gols há três jogos, fato que ocorre pela primeira vez na temporada. Durante a resposta, dada na entrevista coletiva que sucedeu o 2 a 0 aplicado no Vitória, no sábado, pelo Brasileirão, o treinador avaliou que a consistência defensiva adquirida pela equipe nas últimas partidas tem possibilitado ao meia receber cada vez mais bolas para trabalhar.
- Não sofrer gols mostra que estamos no caminho certo, tendo essa consistência defensiva, que é fruto do comprometimento de todos. Precisamos ter a bola nos pés para o Montillo jogar. Estamos bem servidos de zagueiros. Temos jogadores excelentes, do mesmo nível. Volantes e laterais, também. Agora, se o Montillo não joga, vamos sentir diferença -– admite.