terça-feira, 27 de agosto de 2013

Alberto analisa nova safra santista e trabalho de Claudinei Oliveira


Alberto, ex-atacante do Santos 2002 (Foto: Antonio Marcos)Alberto, analisa nova safra de atacantes do Peixe

(Foto: Antonio Marcos)


O ex-atacante do Santos e campeão brasileiro em 2002, Alberto comentou sobre a nova safra de "Meninos da Vila".


- Penso que a safra é muito boa, sou suspeito para falar. São jogadores de potencial. O Giva e o Gabriel eu conheço pouco. Mas, o Victor Andrade e o Neilton, sim. Principalmente o segundo, que acompanhei em um jogo contra o Mirassol, em São José do Rio Preto e gostei bastante - afirmou Alberto.


O ex-jogador cobrou campeonatos que preparem melhor os jovens para que estes não ingressem na equipe principal precocemente.


- O amadurecimento no futebol brasileiro, infelizmente, é precoce, pois nós não temos um planejamento para realizarmos campeonatos que realmente preparam os garotos para ascensão ao profissional com mais bagagem. O atleta necessita de uma sequência natural nas categorias de base para se firmar no time principal. Com isso, você consegue ter um bom rendimento deste jogador por, pelo menos, cinco anos na equipe de cima. O que acontece é que estes jogadores estão sendo lançados muito jovens no profissional de um clube grande como o Santos, todos tem muito potencial, mas não deixa de ser um risco.


Alberto que, além de jogar no Brasil atuou na Russia, México e Japão, falou da visão de mercado no futebol europeu em relação aos jovens atletas brasileiros. Ele lembrou que este tipo de trabalho realizado na Europa aumenta o tempo de carreira do jogador na profissão.


- O mercado Europeu vem buscar os atletas ainda garotos, porque quer trabalhar corretamente o jogador. Na visão deles (europeus), o atleta tem que jogar em alto rendimento até os 31 anos no máximo, depois a tendência do próprio mercado é de não aproveitar mais o jogador, e este atleta volta para o Brasil com muita lenha para queimar ainda, pois está jovem para o mercado nacional.



... os jovens da minha época eram desacreditados e deram a volta por cima."


Alberto, campeão brasileiro em 2002



Comparando os elencos em que jogou e o atual, Alberto acredita que o feito realizado pela equipe campeã brasileira em 2002 pode ser repetido este ano.


- Creio que sim (repetir a campanha), os jovens da minha época (Robinho e Diego) eram desacreditados e deram a volta por cima. Eles (garotos da base) estão subindo hoje porque tem muita qualidade, o importante é que tenham continuidade, em 2002 não tinha dinheiro para contratar ninguém, o grupo estava fechado e os garotos jogaram, o trabalho tem que ser da mesma forma, os jovens precisam dar sequencia para adquirir confiança - conclui.


Giva, Victor Andrade, Gabriel e Neilton Santos (Foto: Flickr Santos)Giva, Victor Andrade, Gabriel e Neilton Santos (Foto: Flickr Santos)


Claudinei Oliveira


Alberto também falou sobre o atual técnico do Alvinegro Praiano, Claudinei Oliveira. Para o ex-atacante do Peixe, o treinado é o ideal para o momento vivido pelo Santos.


- É o ideal porque o Leão, em 2002, teve que se reciclar como um treinador da base, pois ele tinha uma molecada para treinar. Com os jovens a conversa é diferente, o psicológico é outro. Esta equipe atual tem mais jogadores experientes do que na minha época, então tem tudo para dar certo. A torcida tem que abraçar o time, como fez em 2002, porque sabia que era um time de "molecada" e necessitava de apoio. Futebol é confiança. Você pode receber a bola debaixo da trave, mas se não tiver confiança vai errar. Como também acontece o contrário quando se está confiante, o atleta chuta errado e a bola entra - explicou Alberto.