Pandolfo entende que goleada para o Barcelona foi
decisiva para queda (Foto: Divulgação / Santos FC)
A goleada por 8 a 0 que o Santos sofreu para o Barcelona provocou mudanças na diretoria do Alvinegro Praiano. Além da saída de dois integrantes do Comitê de Gestão (Pedro Luiz Nunes Conceição e Caio Di Stefano), o clube optou pela demissão de Nei Pandolfo do cargo de gerente de futebol. Zinho, novo responsável pelo posto, foi apresentado na segunda-feira. Informado pelo presidente Luis Alvaro Ribeiro de que não permaneceria na Vila Belmiro, Pandolfo garante que não guarda mágoas, mas não acredita que a mudança terá efeitos significativos no Peixe.
- Acredito que o resultado teve proporções grandes. Você faz trocas para dar uma resposta ao torcedor. Penso que (a demissão) foi mais uma desculpa. Acho que a troca de um gerente não tem esse efeito de mudança. O gerente é só parte de uma engrenagem - avalia, qualificando como "muito positivos" os dois anos e oito meses que passou na gerência de futebol santista.
- Foram seis finais disputadas e quatro títulos (dois paulistas, uma Taça Libertadores e uma Recopa Sul-Americana). Poucos clubes de primeiro escalão no Brasil alcançaram esse patamar. Eu entendo que no futebol é assim: quando somos campeões, todos trabalharam em conjunto. Se há resultados ruins, a responsabilidade é de todos os envolvidos. Às vezes, a solução é a troca das pessoas. É natural – explica.
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Após a derrota na Espanha, Pandolfo foi um dos mais criticados por torcedores no hotel onde estava a delegação do Santos em Barcelona. A principal cobrança estava na falta de contratações de peso - o que se intensificou com o fracasso nas negociações com Robinho, do Milan, e o fim precoce das conversas com nomes como Kleber (Grêmio) e Ignácio Scocco (Newell's Old Boys, negociado com o Internacional).
- A carência não é nossa. É do clube. Quem decide sobre os gastos é o clube - minimiza.
Sem clube, Pandolfo cogita só retornar ao futebol no ano que vem. Até lá, pretende encerrar o MBA em Gestão do Esporte, que conclui no final deste ano. De fora, ele acredita no sucesso de Zinho na gerência do futebol santista.
- Pessoalmente, conheço pouco o Zinho, mas tem um histórico positivo, fez sucesso como atleta e é um cara equilibrado. Pode dar muito certo - conclui.
