Luis Alvaro Ribeiro, presidente do Santos
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
Liderado pelo oposicionista Celso Leite, um grupo de conselheiros do Santos pretende protocolar entre sexta e segunda-feira um pedido de impeachment do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. São necessárias pelo menos 50 assinaturas para que o Conselho Deliberativo analise a questão, mas o líder dos insatisfeitos afirma ter quase 100 e espera conseguir até 120 adeptos.
- Vamos entrar com o máximo de assinaturas possíveis. Estamos baseados no artigo 68 (do estatuto do clube), em que não se pode colocar a imagem do clube em risco. Iríamos entrar nesta sexta, mas alguns conselheiros podem vir de São Paulo no final de semana e reforçar a lista – afirma Celso Leite.
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Para abrir o processo de impeachment, é preciso que seja marcada uma reunião extraordinária. Se dois terços dos conselheiros aprovarem o pedido, ele será analisado pela comissão de inquérito e sindicância. Caso passe por mais esta etapa, voltará novamente para votação entre todos os conselheiros.
Um conselheiro que preferiu não se identificar afirmou que dificilmente o processo atingirá seu objetivo, pois não deve passar na comissão de sindicância e inquérito - além de demorar cerca de oito meses para ser concluído.
A administração Luis Alvaro atravessa a maior crise desde que começou, em 2010. Nesta última semana, três membros deixaram o Comitê Gestor – Pedro Luiz Nunes Conceição e Caio Di Stefano foram demitidos, e Luciano Moita renunciou. O então gerente de futebol Nei Pandolfo também perdeu o cargo - Zinho, ex-dirigente do Flamengo, foi contratado para a função.
- Como o Luis Alvaro também perde apoio a cada dia, não descartamos até mesmo que ele renuncie ao cargo – conclui Celso Leite.