A violência das torcidas não é um assunto que repercute apenas no nosso país. O debateu a imagem que o Brasil tem no mundo. Um dos temas abordados foi como os estrangeiros enxergam a violência relacionada ao futebol nacional. O narrador da Globo Internacional Jon Cotterill vê diferença entre a forma que brasileiros e ingleses tratam a questão.
- Tem problema lá ainda, mas como era há 20 anos atrás não existe mais. A diferença é que a polícia tira (os infratores) e os coloca na prisão. Aqui, a polícia bate neles e tchau. Parece que agora está mudando um pouquinho por causa daquele episódio do jogo entre Vasco e Atlético-PR, mas acho que a maioria fica livre - afirmou o narrador.
O comentarista Juliano Belletti jogou por três temporadas no Chelsea e explicou como funciona o sistema de segurança nos estádios ingleses.
- Lá eles foram pelas duas coisas: punição e prevenção. Muito mais a punição. A solução do Brasil é prevenção. A gente sabe que as torcidas organizadas não vão deixar de existir, é um fato comprovado isso. E lá, a maneira com que a segurança age no estádio não chama a atenção de ninguém. Através das câmeras, eles identificam a pessoa que está xingando ou provocando o adversário, os responsáveis pela segurança vão lá no meio da torcida, retiram esse elemento sem fazer confusão nenhuma. E esse cara não entra mais no estádio só por provocar o adversário. Sabendo que há esta punição, as pessoas pensam duas vezes antes de fazerem as coisas.
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Membro do Conselho Nacional de Turismo, o professor Mario Beni afirma que praticamente não existem turistas interessados em conhecer os estádios brasileiros.
- Não (o turismo esportivo praticamente não existe). Em alguns casos, o turismo de aventura envolve alguns roteiros no Pantanal, na Amazônia. Agora, especificamente, o turismo desportivo, eu diria, que nós não temos ainda essa tradição.
Confusão entre torcedores de Vila Nova e Goiás no Serra Dourada (Foto: Wildes Barbosa/O Popular)