O técnico Claudinei Oliveira, do Santos, não considerou anormal a revolta dos torcedores após a goleada por 8 a 0 para o Barcelona, no Camp Nou, pelo Troféu Joan Gamper. Depois do jogo, um grupo de 20 santistas recebeu com críticas e cobranças os jogadores e integrantes da diretoria do clube - alguns, mais exaltados, tiveram de ser contidos pelos seguranças e até por
atletas do Alvinegro, como Léo e Edu Dracena.
O treinador reconheceu que o placar dilatado foi duro, especialmente em um momento no qual jovens jogadores e ele próprio tentam se firmar no Santos. Ele, no entanto, assumiu a responsabilidade pela derrota.
- Torcida se envolve em confusão com dirigentes e jogadores do Santos
- Velha guarda santista fala em 'surra' e 'humilhação' com goleada por 8 a 0
- Com Messi e Neymar, Barça humilha Santos em ritmo de brincadeira
- Não acho anormal (a reação). O torcedor não tem que gostar. Ninguém mais do que eu não gostou. Estamos em uma situação de se iniciar a carreira, buscando espaço e mostrando trabalho. Perder dessa forma é complicado. Não sou o único responsável, mas o comandante tem que assumir a responsabilidade. Nunca vou fugir ou jogar culpa em um jogador - declarou,
ao GLOBOESPORTE.COM.
- O torcedor está no direito de estar chateado. Eu estou (chateado) para caramba. Mas falei para eles (atletas): perdi com vocês de 8 a 0, fiquei o tempo todo na beira do campo. Sofri com eles, perdi com eles, e, se Deus quiser, vamos ganhar juntos na quarta-feira - emendou, em alusão ao clássico diante do Corinthians, às 21h50 (horário de Brasília), na Vila Belmiro,
pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Claudinei Oliveira disse que está chateado com goleada sofrida diante do Barcelona (Foto: AFP)
Claudinei, porém, assegurou não estar preocupado com a situação no cargo de técnico do Santos, mesmo após a derrota em Barcelona.
- Na realidade, nem sei se estou no cargo (de técnico) ou não, vocês sabem. Meu trabalho é jogo a jogo. Estou chateado com o resultado e preocupado com a sequência do trabalho, fazer com que esses meninos não saiam desanimados. Tem que trabalhar. Futebol é resultado. Não tenho um contrato que me garanta até tal período. É no dia a dia. Vou tentar fazer o melhor. Não diria preocupado (com a manutenção no cargo), mas ciente da minha situação no clube - encerrou.