sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Claudinei entende revolta da torcida e não teme perder cargo após goleada


O técnico Claudinei Oliveira, do Santos, não considerou anormal a revolta dos torcedores após a goleada por 8 a 0 para o Barcelona, no Camp Nou, pelo Troféu Joan Gamper. Depois do jogo, um grupo de 20 santistas recebeu com críticas e cobranças os jogadores e integrantes da diretoria do clube - alguns, mais exaltados, tiveram de ser contidos pelos seguranças e até por

atletas do Alvinegro, como Léo e Edu Dracena.


O treinador reconheceu que o placar dilatado foi duro, especialmente em um momento no qual jovens jogadores e ele próprio tentam se firmar no Santos. Ele, no entanto, assumiu a responsabilidade pela derrota.



- Não acho anormal (a reação). O torcedor não tem que gostar. Ninguém mais do que eu não gostou. Estamos em uma situação de se iniciar a carreira, buscando espaço e mostrando trabalho. Perder dessa forma é complicado. Não sou o único responsável, mas o comandante tem que assumir a responsabilidade. Nunca vou fugir ou jogar culpa em um jogador - declarou,

ao GLOBOESPORTE.COM.


- O torcedor está no direito de estar chateado. Eu estou (chateado) para caramba. Mas falei para eles (atletas): perdi com vocês de 8 a 0, fiquei o tempo todo na beira do campo. Sofri com eles, perdi com eles, e, se Deus quiser, vamos ganhar juntos na quarta-feira - emendou, em alusão ao clássico diante do Corinthians, às 21h50 (horário de Brasília), na Vila Belmiro,

pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Claudinei Oliveira técnico do Santos jogo Barcelona (Foto: AFP)Claudinei Oliveira disse que está chateado com goleada sofrida diante do Barcelona (Foto: AFP)


Claudinei, porém, assegurou não estar preocupado com a situação no cargo de técnico do Santos, mesmo após a derrota em Barcelona.


- Na realidade, nem sei se estou no cargo (de técnico) ou não, vocês sabem. Meu trabalho é jogo a jogo. Estou chateado com o resultado e preocupado com a sequência do trabalho, fazer com que esses meninos não saiam desanimados. Tem que trabalhar. Futebol é resultado. Não tenho um contrato que me garanta até tal período. É no dia a dia. Vou tentar fazer o melhor. Não diria preocupado (com a manutenção no cargo), mas ciente da minha situação no clube - encerrou.