Claudinei acredita que sequência será benéfica
para o Santos (Foto: Lincoln Chaves)
O Santos pós-Neymar vive uma fase de amadurecimento. A equipe, aos poucos e sem alarde, vai engrenando no Campeonato Brasileiro, e o técnico Claudinei Oliveira - assim como os meninos que começa a bancar no time, como Leandrinho e Neilton - vão ganhando a confiança do torcedor. Mas, como diz o próprio treinador, são nos testes de fogo que o novo Peixe poderá mostrar seu valor. Testes como os que aguardam a equipe nos próximos dias, contra os dois últimos campeões do mundo.
O primeiro desafio será nesta sexta-feira, às 16h30 (horário de Brasília), contra o Barcelona, algoz na decisão do Mundial de 2011. Um jogo amistoso, mas que será marcado pela estreia de Neymar no Camp Nou, além do reencontro entre o atacante e o ex-clube. Cinco dias depois, de volta ao Brasil, será a vez de enfrentar o Corinthians, atual campeão do mundo e responsável pelo fim da hegemonia do Peixe no Paulistão, ao conquistar o Estadual deste ano na Vila Belmiro - que, aliás, será palco do primeiro "Clássico Alvinegro" deste Campeonato Brasileiro.
Até o momento, a equipe sob o comando de Claudinei tem se dado bem em "clássicos". Logo na estreia do técnico, no dia seguinte à demissão de Muricy Ramalho, o Santos foi buscar um empate em 1 a 1 contra o Grêmio, na Vila Belmiro. Dias depois, aprontou contra o Atlético-MG, futuro campeão da Libertadores, ao vencer por 1 a 0, também em casa. Na volta do Brasileirão após a paralisação da Copa das Confederações, outra vitória: 2 a 0 diante do São Paulo, no Morumbi. Mais adiante, a primeira goleada: 4 a 1 na Portuguesa, na Vila.
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Em contrapartida, o novo Santos ainda patina um pouco quando enfrenta adversários com os quais não tem grande rivalidade. Por um lado, venceu o Crac por 2 a 0 em Catalão (GO), pela Copa do Brasil, e teve boa atuação no empate contra o Coritiba (2 a 2, na Vila), pelo Brasileirão. Por outro, o Alvinegro não saiu de um 1 a 1 contra o mesmo Crac - em casa - e foi batido por Ponte Preta (1 a 0) e Criciúma (3 a 1), como visitante.
A irregularidade, mais de uma vez, foi apontada como natural pelo treinador e pelos jogadores mais experientes do elenco, em razão da pouca idade de boa parte da equipe e da adaptação a um novo método de jogo após as saídas de Neymar e Muricy. Desta forma, nada melhor do que jogos duros para que, na sequência da temporada, seja possível avaliar a importância que esse tipo de embate trouxe para o amadurecimento da garotada santista.
- Para os meninos, é uma experiência fantástica. Não dá nem para dimensionar. Depois, na sequência da temporada, é que vamos ver o quanto foi boa para eles essa experiência. Mas a gente não pode se encantar com isso. Temos de fazer nosso trabalho, como tem sido feito - avalia o técnico Claudinei Oliveira.
- Vamos jogar em cinco dias contra os últimos campeões mundiais. (Jogar contra o Barcelona ) Vai ser uma experiência boa para mostrarmos o nosso trabalho internacionalmente e voltarmos para casa preparados para a sequência do Brasileiro, com esse clássico importante (diante do Corinthians) logo de cara - conclui o volante Alan Santos.
