Mesmo insatisfeitos com a atual administração do Santos, conselheiros do clube adiaram para terça-feira o pedido pela realização de uma reunião extraordinária para tratar do impeachment do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. Líder do movimento, Celso Leite explica que o adiamento faz parte da estratégia da oposição para coletar mais assinaturas e fortalecer a mobilização.
- A reunião do Conselho será um termômetro para avaliar como os conselheiros encaram a possibilidade de um impeachment. Por uma questão de estratégia, não podemos revelar quantas assinaturas já temos. Mas posso dizer que já temos o suficiente - assegura Celso Leite.
Gestão de Laor vive seu pior momento a pouco mais de um ano do fim (Foto: Divulgação/Santos FC)
A estratégia é simples: Celso Leite e os descontentes com a atual gestão do Peixe esperam coletar o maior número de assinaturas entre os conselheiros para exigir uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo - 50 assinaturas já são suficientes para isso. Na reunião extraordinária, o movimento pretende pedir o impeachment de Luis Alvaro, que tem mandato até dezembro de 2014.
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Se a estratégia é simples, o processo tem suas complicações. Para ser levado adiante, o pedido de impeachment tem que ser aprovado por dois terços dos 300 conselheiros do Alvinegro. Em seguida, o pedido passa pela Comissão de Inquérito e Sindicância. Caso passe por mais essa etapa, volta para votação entre os membros do Conselho Deliberativo.
- O impeachment não é uma coisa que você pisca o olho e acontece. De repente, acaba a gestão do Laor e não acaba o processo - esclarece Celso Leite.
A lentidão, porém, não enfraquece o desejo do movimento de ver Luis Alvaro longe da administração do clube, que atualmente ocupa o 15º lugar do Campeonato Brasileiro e está classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil.
- Quem assinou e quem está para assinar não quer o Laor como presidente - garante.