sábado, 28 de julho de 2012

Pepe vê 'Neymardependência' maior do que a do Santos de Pelé




Pepe ex-jogador Santos (Foto: Lincoln Chaves / Globoesporte.com)Pepe vê Santos atual dependente de Neymar

(Foto: Lincoln Chaves / Globoesporte.com)


Pelé e Neymar . O primeiro, maior ídolo da história do Santos e craque do time na vitoriosa década de 60 do Peixe. O segundo, principal nome do atual elenco alvinegro e referência da equipe que voltou a ser campeã da Libertadores depois de 48 anos. No entanto, o ex-ponta esquerda Pepe, histórico companheiro de Pelé no Alvinegro e segundo maior goleador dos cem anos de vida do clube, com 405 gols, não tem dúvidas em afirmar que a dependência de Neymar no atual elenco é "muito maior" do que a do Rei do Futebol na equipe santista dos anos 60.


Para exemplificar, Pepe recorda de uma vitória do Santos por 12 a 1 sobre a Ponte Preta – rival santista deste domingo, às 18h30m, pelo Campeonato Brasileiro – no Paulistão de 1959. Trata-se da maior goleada do Peixe na história, construída sem que Pelé estivesse em campo. Na ocasião, o "Canhão da Vila" foi às redes quatro vezes e Coutinho outras cinco. Aguinaldo (2) e Mingão (contra) completaram o placar.


- Não vou dizer que o Neymar é o novo Pelé, mas ele está quase representando o que o Pelé representava ao Santos na nossa época. Só que se o Pelé não fazia gols, nós ainda tínhamos a mim, Dorval, Mengálvio e Coutinho. A dependência do Santos pelo Neymar é muito maior do que a nossa do Pelé naquela época - avalia Pepe.


- É ótimo contar com um jogador assim como o Neymar. Só que quando ele não joga, é "tchau e bênção". O Santos precisa se libertar disso. Além disso, ele (Neymar) sempre corre o risco de sofrer uma lesão. Espero que isso nunca aconteça, mas ele é muito caçado, não foge das divididas. Hoje, ficou tudo muito nas costas do Neymar. Ele faz o que pode, mas ainda não é o "ET" que foi o Pelé (risos) - emenda.


Pé na forma


Uma das preocupações de Pepe é o baixo número de arremates a gol do Santos no Brasileirão: foram apenas 110, em doze partidas - menos de dez por jogo. Mais uma vez, o "Canhão da Vila" retoma um exemplo de sua época de jogador, lembrando de uma excursão do Peixe ao México, para disputa de um pentagonal, em 1961.


- Recordo que pelas estatísticas daquele torneio no México, só eu chutava onze bolas a gol por jogo. Isso sem contar os demais jogadores. Agora, se o Santos não tem chutado nem dez vezes a gol, tem alguma coisa errada - aponta.


- O próprio Muricy (Ramalho) vem cobrando dos atacantes uma pontaria melhor, além da criação de mais situações de gol, que nem vêm acontecendo. É pouco para um time como o Santos, que sempre teve opções ofensivas incríveis. Na nossa época, além da gente, tínhamos Pagão, Toninho Guerreiro... Sempre muitos artilheiros - acrescenta.


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