Com grande atuação do volante, Corinthians sai na frente no primeiro jogo da decisão do Paulistão. Paulo André e Durval, para o Santos, completaram o placar.
Em dia de homegear as mães, a de Paulinho com certeza se sentiu mais do que contemplada. Com uma brilhante partida do camisa 8, o Corinthians conseguiu sair na frente do Santos e levar a vantagem do empate para o confronto na Vila Belmiro. Contudo, o gol chorado de Durval já no fim do jogo promete colocar fogo na finalíssima do próximo domingo.
O primeiro tempo foi amplamente dominado pelos donos da casa, com destaque é claro, para Paulinho. O primeiro lance dele foi aos 3 minutos, chutando pra fora após cobrança de escanteio desviada pro Danilo. Aos 16, Danilo tentou ele mesmo abrir o placar mas Rafael fez boa defesa, em chute rasteiro. Um minuto depois, Paulinho voltou a aparecer e de cabeça por muito pouco não fez o primeiro do Timão.
Sem encontrar dificuldades, o Corinthians seguia atrás do gol e enfrentava um Santos apático em campo. Escalado com Renê Júnior, Marcos Assunção, Arouca e Cícero no meio de campo, o time da baixada não conseguiu vencer a marcação corinthiana tampouco bloquear as subidas de Danilo, ou ainda as triangulações feitas por utilizando Romarinho e Emerson Sheik, que se movimentavam muito - Guerrero era a referência na área.
Aos 19, o Sheik finalizou sem muita força mas no canto, e obrigou Rafael a realizar mais uma grande defesa. Apesar do domínio, as oportunidades claras não apareciam, e foi aí que Paulinho resolveu dar as caras no ataque para resolver de vez o problema. Com 41 minutos, Danilo se esticou todo para deixar com ele a bola dentro da área, e de perna direita Paulinho abriu o placar. Dois minutos depois, o volante soltou um chutaço no travessão, e Guerrero desperdiçou a sobra na sequência.
Na segunda etapa, Muricy fez o óbvio e sacou Marcos Assunção para lançar Felipe Anderson, além de André no lugar de Miralles. O alvinegro praiano melhorou, mas se foram preciso duas alterações para isso, bastava o seu camisa 8 para que o Timão mantivesse o ritmo e permanecesse melhor.
Aos 3, Rafael defendeu com o pé chute por baixo de Emerson, após bom passe de Guerrero; aos 6, Paulinho desarmou Neymar, ligou contra-ataque e apareceu para finalizar, mas o Sheik demorou e acabou abafado por Rafael, que saiu muito bem.
Com o Santos melhor, as chances demoraram mas apareceram. Com 21, Felipe Anderson chutou do bico da grande área e Cássio deu rebote, mas André não conseguiu aproveitar bola fácil - antes de perceber que o impedimento estava marcado, Muricy atirou o boné no gramado do Pacaembu.
Mas aos 24 minutos, mais uma jogada do craque do jogo. Tabela com Romarinho, drible em Durval, finta em Edu Dracena e chute por cima do gol, para delírio da torcida - Paulinho estava inspirado. Num dos raros momentos de infelicidade do volante, um minuto depois, Neymar roubou-lhe a bola e arrancou com tudo, rolando para Cícero carimbar a trave do Timão.
Cinco minutos depois, outro Paulo, esse sem diminutivo, faria o segundo gol do Corinthians. Com participação de quem? De seu xará, Paulinho. Após cobrança de escanteio, o volante brigou no chão e a bola sobrou para Paulo André estufar as redes, para delírio da Fiel.
Durval descontou aos 36, quando já era tarde demais para buscar o empate ou a virada. Mas o gol do zagueiro santista promete dar contornos drmáticos ao último jogo, na Vila Belmiro. Em caso de empate, título para o Pacaembu, em caso de vitória simples do Peixe, pênaltis - forma pela qual os comandados de Muricy eliminaram Mogi Mirim e Palmeiras, nas fases anteiores. E ninguém - nem Paulinho - duvida que o técnico do Santos fará de tudo para levar o clube à marca histórica de tetracampeão estadual, posto detido somente pelo Paulistano, que levou a taça de 1916 a 1919. O próximo e último capítulo está marcado para às 16 horas do próximo domingo, em terreno santista.