O presidente santista em exercício, Odílio Rodrigues, responsável por comandar a negociação que culminou na venda do atacante Neymar ao Barcelona , contou em entrevista ao "Arena SporTV" que o clube alvinegro tentou prorrogar ainda mais o contrato do jogador, que ia até junho do ano que vem. Sem conseguir esse objetivo maior, o dirigente confessou que a saída do craque foi um dia triste para o futebol brasileiro, principalmente para os torcedores do Peixe.
- O Santos tentou (manter o jogador). Há uns três meses, o clube procurou o Neymar e fez proposta (de renovar), porque esse era o desejo. Mas ficou muito claro que ele tinha propostas que o Santos não tinha como se aproximar e que ele não ficaria além de 2014. Uma vez que essa possibilidade deixou de existir, tinham dois cenários, ou ele cumpria o contrato ou estudávamos as propostas. O comitê entendeu que as propostas eram adequadas e deixamos a decisão para o jogador do clube a ser escolhido. Lutamos e tentamos de todas as maneiras renovar.
Neymar enfrentou o Flamengo, em Brasília, no seu jogo de despedida do Santos (Foto: Reuters)
Apesar de muitas críticas ao Santos em relação ao valor da venda de Neymar, Odílio Rodrigues se diz tranquilo da decisão do clube diante das circunstâncias, já que, daqui a seis meses Neymar poderia assinar um pré-contrato com qualquer outro clube e o Santos não receberia nada em sua saída, pois o atleta ficaria com a maior parte de seu passe.
- Foi um dia triste para o futebol brasileiro. Mas a gente tem a consciência muito tranquila, contrariando todas as expectativas de mercado, de que fizemos uma parceria vitoriosa. E o comitê de gestão fez uma transação, senão ideal, a possível. Acredite que dentro de um quadro em que o jogador pode assinar um pré-contrato com qualquer clube, fizemos uma negociação adequada.
Os números da negociação com o clube espanhol, segundo o próprio presidente em exercício do Santos, são sigilosos, mas o valor final seria de aproximadamente 35 milhões de euros (R$ 92,9 milhões). O montante seria dividido entre o Peixe (detentor de 55% dos direitos de Neymar), que ganharia 19 milhões de euros (R$ 50,4 milhões), DIS (que possui 40%) e a Terceira Estrela Investimentos S/A (dona dos 5% restantes).
