Mogi Mirim e Santos se enfrentam neste sábado, às 18h30m (de Brasília) no Romildão, em Mogi, pela semifinal do Campeonato Paulista. A pouco mais de 200 quilômetros do palco da partida, no entanto, um jogador do Sapão terá uma torcida especial. Em Cubatão, na Baixada Santista, a família de Wagninho já se apronta para apoiar o atacante no jogo que pode levar o clube do interior pela primeira vez à final do Estadual.
Ângela e Walmir não escondem o orgulho de Wagninho, semifinalista do Paulistão (Foto: Arquivo Pessoal)
Walmir e Ângela, pai e mãe de Wagninho, costumam seguir o filho onde quer que ele atue - por vezes acompanhados de vários familiares e faixas de incentivo ao jogador. No Paulistão deste ano, os dois marcaram presença em quase todos os jogos do Mogi Mirim, como já faziam até ano passado, quando o atacante estava no São Vicente, clube do litoral paulista que disputou a Série A3 deste ano.
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Contra o Santos, só Walmir estará em Mogi. É que Yuri, sobrinho de Wagninho, faz oito anos no dia do jogo e Ângela ficará em Cubatão com o restante da família para o aniversário. O que não significa que o atacante será esquecido. Pelo contrário. Ela, Yuri e os demais parentes estarão de olho em uma televisão que será colocada no quintal da casa.
- Não perco jogo nenhum dele. Só mesmo esse não terá como, mas o coração estará na torcida. A família é enorme, e todo jogo a gente se reúne, coloca a televisão no quintal e junta umas 15, 20 pessoas, pelo menos. Mas para ver o Wagninho jogar, a gente se vira. Contra o São Paulo (há duas semanas, pela última rodada da primeira fase), foram duas vans cheias até Mogi - conta Ângela.
Walmir não estará sozinho no Romildão. A esposa (Rebecca) e a sogra de Wagninho, além de três amigos, farão companhia ao pai nas arquibancadas do estádio, na torcida pelo atacante.
- Tem um pessoal da cidade que também vai prestigiar o Wagninho, que já tem esse carinho por ele. Lá em Mogi, só perdi um jogo (contra Ituano) porque estava chovendo demais. Mas geralmente estamos eu, a esposa, o sobrinho, a filha, a cunhada, o genro... Não esqueço que, contra o Santos, na Vila, estávamos em pelo menos 50 pessoas. Só a família - recorda.
O jogo contra o Santos, aliás, é especial para Wagninho. Afinal, o atacante - que apesar de reserva, já tem cinco gols no Paulistão e é um dos goleadores do time na temporada - que nunca tinha atuado na Vila Belmiro, entrou na etapa final e, logo no primeiro toque na bola, marcou o gol que garantiu o empate do Mogi com o Peixe em 2 a 2 (confira o gol no vídeo ao lado). Festa da numerosa e barulhenta torcida do Sapão (ou seria de Wagninho?).
- Foi demais. Deus o ajudou quando ele subiu no gramado e fez o gol. Fiquei muito emocionado, o coração à mil... Eu esperava que ele jogasse, mas logo com gol? Foi melhor ainda - lembra Walmir, empolgado.
Depois de jogo contra São Paulo em Mogi, Wagninho tira foto com a família (Foto: Arquivo Pessoal)
A emoção também toma o discurso de Walmir e Ângela quando o assunto é o caminho que a carreira de Wagninho tomou do final do ano passado para cá. Em outubro último, o atacante foi vice-campeão paulista da Segunda Divisão (equivalente à quarta) pelo São Vicente e artilheiro do Calungão no torneio com 14 gols. Seis meses depois, o jogador pode estar a três jogos de se sagrar campeão na elite do futebol de São Paulo.
A gente vê que ele está muito feliz com tudo"
Walmir de Souza, pai de Wagninho
- É uma oportunidade que ele aguardava há muito tempo, e ele estava preparado. A reação dele a tudo isso tem sido muito boa. O Wagninho realiza o sonho dele, e graças a Deus temos podido compartilhar esses momentos. Ele não é titular, mas tem marcado muitos gols e tudo é gratificante demais para nós - festeja a mãe.
- Logo no primeiro campeonato na Série A, já chegar à semifinal é muito legal. A emoção de todos é grande, e a gente vê que ele está muito feliz com tudo. O Wagninho é bem festejado aqui. Quando ele vem, todos querem fotos, esperam até de madrugada para dar um "oi" - complementa o pai, que apesar de torcedor do Santos, não tem dúvidas de para quem irá torcer no sábado.
- Agora, a família é Wagner Futebol Clube (risos) - conclui.