O presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Paulo Schiff, teme que a possível renúncia do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, do vice Odílio Rodrigues e dos integrantes do Comitê de Gestão resultem em um racha capaz de colocar um ponto final na saúde política do clube. Para ele, a saída da diretoria por uma via que não seja a eleitoral pode até levar o Peixe a seguir os passos do Palmeiras, que coleciona dois rebaixamentos em 10 anos.
- O meu medo é que, caso aconteça um golpe político, o Santos se divida em facções e se torne como o Palmeiras, onde é impossível ter paz para administrar o clube e que foi rebaixado duas vezes em 10 anos - comenta o conselheiro.
Luis Alvaro e Odílio Rodrigues estão na mira dos conselheiros (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)
A preocupação quanto ao futuro do Santos se tornou maior depois da última sexta-feira, quando conselheiros, insatisfeitos com a goleada por 8 a 0 sofrida pelo Santos diante do Barcelona, iniciaram uma mobilização para pedir a renúncia da alta cúpula santista. Para Schiff, a derrota não justifica tal atitude.
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- A derrota para o Barcelona foi uma tragédia, dessas que acontecem de 50 em 50 anos. Não vejo motivo para pedir renúncia do presidente e do Comitê de Gestão. O Santos é um clube bem dirigido. Nos últimos anos, foram seis títulos. Tirando a Era Pelé, é o período mais vitorioso do clube - argumenta.
Embora Paulo Schiff tente contornar a situação, os conselheiros insatisfeitos devem protocolar, nesta terça-feira, o pedido por uma reunião extraordinária, onde exigirá a renúncia do Comitê de Gestão (que inclui Luis Alvaro e Odílio Rodrigues). A partir do momento que as assinaturas forem protocoladas, o presidente do Conselho terá 15 dias para agendar o encontro.
