terça-feira, 30 de dezembro de 2014

De volta ao Brasil, Seedorf defende renegociação de dívidas dos clubes


Em 14 de janeiro de 2014, Seedorf anunciou que deixaria o Botafogo, encerraria sua carreira como jogador e seria o novo técnico do Milan. A experiência como treinador durou cinco meses, até sua saída no fim da temporada, com o oitavo lugar do Campeonato Italiano. De volta ao Brasil, quase um ano depois de sua partida, o holandês mostra que ainda acompanha de perto o futebol do país.


Seedorf defendeu a renegociação das dívidas dos clubes do país e a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que está em negociação no Congresso. Na sua opinião, o excesso de De acordo com o deputado Otávio Leite, a dívida dos clubes está estimada em R$ 3,3 bilhões.


- O futebol brasileiro tem várias coisas que eu sei que muitos gostariam de mudar, para melhorar. Todos os clubes estão sofrendo economicamente, uma lei que não passa nunca, e não dá possibilidade de os clubes se organizarem, construírem, investirem na base. Se todo o dinheiro que entra no clube some, com débitos passados, é claro que todos os clubes sofrem - disse Seedorf, em entrevista ao SporTV.



Além da situação complicada do futebol brasileiro, o ex-camisa 10 ainda comentou o rebaixamento de seu último clube, o Botafogo, para a Série B do Brasileirão. O holandês lamentou a queda, mas destacou que o importante é todos se unirem para a volta à primeira divisão.


- Claro que foi um momento triste, especialmente depois de ter passado um ano e meio intenso com essas pessoas, dentro do clube, dentro do vestiário. Faz parte do esporte. O mais importante agora é se unir e trabalhar muito. Quando a gente cai tem que levantar de novo.


Sob o comando de Seedorf, o Milan disputou 22 partidas, com 11 vitórias, dois empates e nove derrotas. Agora, o novo treinador espera a oportunidade de um segundo clube na nova carreira.


- Foi infelizmente curto, mas foi uma experiência importante, com bons resultados no final. Era uma situação difícil, em um clube em que eu passei 10 anos. Foi legal voltar, os torcedores me deram muito carinho, antes e depois. Foi uma experiência que eu levo de maneira construtiva e agora é só esperar o que vai acontecer à frente.


E Seedorf não afasta a possibilidade de dirigir um clube brasileiro.


- O futuro ninguém sabe, para mim, está tudo aberto. A relação com o Brasil vai para sempre. Ninguém sabe a que caminho o futuro vai te levar ou não.


Especial Seedorf (Foto: André Durão)Seedorf defende a aprovação de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (Foto: André Durão)