sábado, 20 de dezembro de 2014

Sem ajuda de parceiro, Santos busca empréstimo para quitar salários


Modesto Roma Júnior e Odílio Rodrigues, Coletiva (Foto: Bruno Giufrida)Modesto Roma Júnior e Odílio Rodrigues tentam, juntos, pagar os salários dos jogadores do Santos (Foto: Bruno Giufrida)


O Santos corre para pagar os salários dos jogadores do elenco profissional. Sem dinheiro em caixa e com R$ 75 milhões de dívidas, o clube tenta um empréstimo para quitar a dívida com os atletas - alguns não recebem há três meses e podem entrar na Justiça para deixar o Peixe de graça. O Doyen Sports, grupo maltês que ajudou os santistas a comprarem Leandro Damião, foi procurado, mas avisou que não ajudará o Alvinegro.


O presidente Modesto Roma Júnior venceu as eleições no último sábado e está tendo de lidar com os problemas financeiros do Santos, mesmo tomando posse apenas na próxima segunda-feira, durante reunião do Conselho Deliberativo. Em busca de solução, ele foi a São Paulo nesta semana e conversou com diversas frentes, mas ainda não conseguiu empréstimo para pagar os salários. Além dos valores registrados em carteira, os atletas não recebem direitos de imagem - a fatia mais gorda dos vencimentos - há quatro meses.



Como o Santos antecipou as cotas de transmissões de 2015 (cerca de R$ 40 milhões), os dirigentes se reuniram com Renato Duprat, representante do Doyen Sports no Brasil, para pedir ajuda. O executivo, porém, avisou ao Comitê de Gestão que não ajudará o Peixe a quitar os salários.


Odílio Rodrigues também está empenhado em ajudar o Alvinegro a sair desta situação. O atual presidente pediu a ajuda do antecessor até o fim deste mês, instaurando um "gabinete de transição". Odílio, inclusive, segue trabalhando na Vila Belmiro para tentar ajudar ao clube.


O medo de Modesto é que os jogadores percam a paciência e recorram à Justiça para deixar o Santos de graça. Nos bastidores, há quem diga que o Peixe não terá recurso neste ano, apenas em 2015, quando tentará antecipar as cotas de transmissão de 2016 - cerca de R$ 80 milhões.


O novo Comitê de Gestão cogita a possibilidade de conversar com os atletas para dar um prazo e explicar a situação complicada. Durante a semana, os novos dirigentes se reuniram algumas vezes com Dagoberto Santos, diretor executivo, para tentarem arrumar soluções para a crise.


*Colaborou sob supervisão de Leandro Canônico