Há exatos 107 anos, no dia 07/07/1905, nascia o primeiro grande ídolo do Santos Futebol Clube: o jovem e talentoso Araken Patusca. O eterno ídolo santista foi, sem dúvida, ao lado de Friendenreich, um dos melhores jogadores da época do futebol amador no Brasil.
A primeira partida, ainda no segundo quadro do Santos FC, aconteceu de maneira curiosa em 1920. Com 15 anos de idade, estava na Vila Belmiro para assistir à partida do time santista contra o Jundiaí. No aquecimento das equipes antes da partida, o ponta-esquerda do Peixe Edgar da Silva Marques sentiu-se indisposto. Então, o diretor de futebol Urbano Caldeira colocou Araken no time e ele desempenhou a contento sua função, permanecendo no segundo quadro do Alvinegro Praiano. Na partida contra o Jundiaí, anotou quatro gols no empate pelo placar de 5 a 5.
A estreia no time principal ocorreu no dia 04/02/1923, então com 18 anos. Em um amistoso na Vila Belmiro, derrota santista diante do Paulista de Jundiaí pelo placar de 4 a 1, com Chico Massulo marcando o tento de honra do Peixe. Naquela tarde, o time formou com: Longobardi; Waldemar e Paulino; Merino, Marba e Renato; Martin, Araken, Chico Massulo, Cardoso e Edgard.
Em 1925, emprestado ao Paulistano, participou de vitoriosa excursão pelos gramados europeus. A imprensa francesa, maravilhada com o futebol do garoto, o apelidou de “Le Danger”.
No ano de 1927, Araken atuou no ataque que ficou conhecido como “O ataque dos 100 gols”, que tinha também Omar, Camarão, Feitiço e Evangelista. Na vitória santista frente ao Ypiranga por 12 a 1, Araken marcou sete gols. Naquele ano, foi o artilheiro do campeonato paulista com 35 tentos marcados.
Em 1929, desentendeu-se com a diretoria do Alvinegro e foi punido com 90 dias de suspensão por ter sido solidário aos jogadores Siriri e Bilu, que tinham sido suspensos pela diretoria por terem jogado em um festival promovido pela Liga Santista de Futebol na equipe da firma em que trabalhavam. Dois meses depois, a punição foi suspensa, mas Araken não quis permanecer no time da Vila. No ano de 1930, disputou duas partidas pela Seleção Brasileira na primeira Copa do Mundo, no Uruguai, ficando como atleta pertencente à Confederação Brasileira de Futebol.
No ano de 1935, retornou ao time santista para se tornar campeão paulista, título inédito do Alvinegro da Vila Belmiro.
Araken Patusca jogou no Santos nos períodos de 1923 a 1929 e de 1935 a 1937. No total, atuou em 193 partidas, marcando 177 gols. Após a segunda passagem, foi atuar na equipe do Estudantes Paulistas.
O pai de Araken, Sizino Patusca, foi o primeiro presidente do Peixe, com mandato de 1912 a 1913. Os irmãos de Araken, Ararê e Ary Patusca, e os primos Arnaldo e Oswaldo Silveira também atuaram pelo Peixe.
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