Miralles foi apresentado nesta quinta, no Santos
(Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)
Novo reforço do Santos, Miralles conta as horas para estrear com a camisa do Peixe. Mais do que isso, já traça objetivos a serem alcançados na nova casa. O primeiro deles: tirar o Alvinegro do 14º lugar do Campeonato Brasileiro, próximo a zona de rebaixamento, e classificar a equipe à próxima Taça Libertadores da América.
- Estou com muita gana de jogar. É um time que já está encaixado, e claro que com dois dias de treinos não terei todo esse entrosamento. Mas quero ajudar o Santos a subir na tabela. O objetivo mínimo é chegar à Libertadores. O Santos tem um grupo capacitado para isso. Não podemos mais perder pontos, se quisermos nos aproximar da parte de cima e arrancar no segundo turno - declarou.
A ansiedade do atacante para mostrar serviço na Vila Belmiro se justifica pela passagem sem brilho pelo Grêmio. Contratado após a Libertadores do ano passado, Miralles pouco atuou pelo Tricolor gaúcho: em um ano, foram 31 partidas e apenas seis gols. O argentino elogiou o tratamento recebido de torcedores e colegas, mas lamentou a falta de sequência no clube. Fruto, segundo ele, de seguidas trocas de comando no time.
- Fui muito bem tratado no Grêmio. Mas quando cheguei, o presidente mandou embora o treinador que me indicou (Renato Gaúcho). As coisas ficaram difíceis. Passaram cinco treinadores no Grêmio naquele ano. Quando joguei, acho que fui bem. Mas fui tirado do time depois de uma boa sequência de jogos - recordou Miralles, que ainda revelou mágoa com um treinador em especial: Celso Roth.
- Ele (Celso Roth) falou coisas pela imprensa que não precisava falar. A torcida me queria jogando, mas o Celso não me colocava. Ele falou coisas que me prejudicaram... Foi um problema. Tive um primeiro semestre difícil no Grêmio. O atleta tem que saber porque está no clube, e eu nunca entendi minha contratação - lamentou o atacante.
Ao ataque
Miralles admitiu, ainda, que terá de conhecer melhor os demais colegas de elenco - o que deve ocorrer pela primeira vez nos treinos de sexta-feira pela manhã -, mas não acredita que haverá problemas para se enquadrar no esquema tático santista, que não vem contando com um centroavante de referência. Para justificar, recorda da parceria de sucesso com o chileno Esteban Paredes, do Colo Colo-CHI.
- Sou um atacante que trabalha se movimentando bastante, e se você tem jogadores que marcam gols à frente, você não precisa ter alguém parado na área. (No Colo Colo) O Paredes foi o melhor jogador com que me entendi no ataque. Não somos centroavantes clássicos, então o rendimento era bom. Quando um saía da área, outro ficava. Acho que com o Neymar deve ser assim, não teremos problema - concluiu.
Apresentado na última quinta-feira, Miralles ainda é dúvida para o jogo deste domingo, às 16 horas, contra o Internacional, no Beira-Rio. Embora esteja fisicamente preparado, o argentino ainda depende de seu nome ser regularizado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Trazido em uma negociação que envolveu a ida de Elano ao Grêmio, o atacante tem contrato até dezembro de 2014.
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