Falar em Teófilo Cubillas no Peru é relembrar a época em que o país teve a sua melhor seleção de todos os tempos e disputou três copas do mundo em 12 anos. O ex-atacante, conhecido por Nene, é considerado o melhor jogador da história do futebol peruano e chegou a ser apontado como sucessor de Pelé pelo próprio Rei, segundo Cubillas. Um elogio que ainda acompanha o craque. Hoje comentarista, ele fala do futebol brasileiro dos anos 70 com saudosismo e critica o modelo atual, embora reserve elogios a Neymar . Mesmo assim, ele acredita que o atacante do Santos ainda pode evoluir e dá um conselho ao craque (assista ao vídeo).
- Neymar é um talento valiosíssimo, mas ele ainda pode dar mais. Ele é grande, talentoso, mas tem que dizer a ele próprio: quero ser o melhor! - afirmou, em entrevista ao SporTV News .
Mas é outro santista que mexe com Cubillas. Ao falar de Pelé, ele não esquece da Copa do Mundo de 1970, quando o Peru foi eliminado pelo Brasil (perdeu por 4 a 2). Uma declaração do Rei ficou marcada para sempre na memória do ex-atacante, que fez história no Alianza Lima-PER e também atuou fora do país, com passagem marcante pelo Porto-POR - até ser ultrapassado por Jardel, foi o maior artlheiro do clube, com 65 gols.
- A maior honra pra mim foi quando jogamos a Copa de 70, fomos eliminados pelo Brasil, e, quando acabou a Copa do Mundo, o Pelé falou para todos os jornalistas que tinha aparecido o sucessor dele. E falava de mim! Imagine, foi o Pelé que disse isso! Por isso, eu tenho uma gratidão eterna por ele - disse.
Aos 64 anos, ex-jogador Cubillas é comentarista no Peru, onde tem nome na história (Reprodução/SporTV)
Cubillas não conseguiu tanto, mas foi o maior em seu país. Marcou 10 gols em mundiais, ganhou a Copa América de 1975, foi escolhido o melhor jogador sul-americano de 1972, à frente do próprio Pelé, e integra a lista dos 50 melhores de todos os tempos da Fifa. Fã do futebol bonito, o peruano tinha inspiração nos brasileiros. Um jogo específico fez com que virasse fã.
- Uma vez jogaram aqui Palmeiras e Botafogo. Jogaram 15 minutos em que a bola não saía pela lateral. Era um concerto de futebol, de toque, de passe. Fiquei doido. Foi quando me apaixonei pelo futebol brasileiro - contou.
Atualmente, quando vê o Brasil em campo, ele lamenta não encontrar o futebol que o encantou anos atrás. Mesmo assim, acredita que a Seleção tem condições de recuperar este futebol.
- A característica do Brasil sempre foi o jogo ofensivo, o jogo bonito. Ou seja, o Brasil tem que voltar. É um país que nunca vai deixar de produzir craques - avaliou.
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