domingo, 22 de julho de 2012

Antes temido, ataque do Santos vira pior do Campeonato Brasileiro




Marcio Porto

Publicada em 22/07/2012 às 19:13

Santos (SP)


Temido nos últimos anos, o ataque do Santos ostenta números que não metem medo em mais ninguém, razão de um posto incômodo e antes inimaginável. Com sete gols, o Peixe tem hoje o pior ataque do Brasileirão, após 11 rodadas da competição nacional.


A situação externa ainda mais a dependência de Neymar, com a Seleção Brasileira na disputa da Olimpíada de Londres a já fez o técnico Muricy Ramalho perder a paciência de vez, até com a diretoria.


Após a derrota para o Vasco, no último domingo, no terceiro jogo seguido sem Neymar e com o ataque em branco, o comandante criticou a falta de planejamento e externou irritação, novidade para ele no clube.


Um dos principais motivos para o aborrecimento é que Muricy, sem reforços, tem sido obrigado a utilizar os garotos da base. O histórico do técnico mostra que ele não costuma lançar jogadores em fases assim.


O técnico justifica alertando para a possibilidade de queimar os meninos. Nos dois últimos confrontos, o jovem Dimba, de 19 anos, não teve sequer uma oportunidade de gol, enquanto Miralles, seu companheiro, também chutou poucas vezes.


Sem poder contar com seu maior astro e sem reforços à altura, o Santos “abandonou” os placares elásticos, tônica dos últimos anos.


Como alento para solucionar a estiagem, Muricy espera receber nesta semana a contratação de Rafael Moura, do Fluminense. O Santos segue negociando com o clube carioca a liberação, mas ainda esbarra na questão salarial. Moura recebe R$ 350 mil no Flu, número considerado alto pela diretoria santista.


Os dirigentes tentam convencer o jogador a diminuir os vencimentos, já que, como Abel Braga, técnico do Tricolor, e Muricy já disseram, a negociação depende mais do He-Man.


O centroavante está seduzido com a possibilidade de ser titular e atuar ao lado de Neymar. Mas, enquanto ele não se decide, Muricy vai receber Patito Rodríguez, anunciado na última sexta e Bill, liberado hoje. É o que tem para o momento...


Grandes momentos do ataque santista


2010 – Ano das goleadas

Temporada marcou a ascensão da geração de Neymar. Ao lado do ídolo Robinho, a Joia deitou e rolou, orquestrado por Ganso, Wesley, Arouca e Cia. Foram várias goleadas, com destaque para o 10 a 0 no Naviraiense-MS e 8 a 1 sobre o Guarani, ambas pela Copa do Brasil e na Vila. A máquina chegou aos 100 gols ainda no primeiro semestre, venceu o Paulista e a Copa do Brasil, e Neymar terminou com 43 gols.


2011 – Neymar & Borges

Dois semestres distintos. No primeiro, sem um companheiro de área de fato, Neymar foi artilheiro do time na Libertadores, com seis gols. Já no segundo, quem brilhou foi Borges, recém-chegado. Ele marcou 23 gols e foi artilheiro do Campeonato Brasileiro.


2012 – Pobre Bolívar...

Melhor início de ano de Neymar, agora com 30 gols em 31 jogos. O destaque foi nas oitavas de final da Libertadores, na goleada de 8 a 0 sobre o Bolívar (BOL) na Vila, a maior do clube no torneio.