segunda-feira, 23 de julho de 2012

Em pouco mais de um mês, Santos repete pior 'seca' de gols do ano




Miralles no Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)Argentino Miralles ainda não marcou pelo Santos

(Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)


Lá se iam quatro anos desde a última vez que o Santos ficou três jogos consecutivos sem marcar gols. Só este ano, porém, a "marca" já foi atingida duas vezes. E tudo em um intervalo de apenas 34 dias. Sinal cada vez mais evidente de que o "DNA" ofensivo santista vive seu momento mais tenso dos últimos anos.


A nova seca teve início há pouco mais de uma semana, com o empate sem gols diante do Internacional, no Beira Rio. Na última quarta-feira, nova igualdade em 0 a 0, dessa vez com o Botafogo, em plena Vila Belmiro. E no sábado, em uma atuação pífia, o Alvinegro foi dominado e batido pelo Vasco por 2 a 0, em São Januário.


Pouco mais de um mês antes da atual sequência, o Peixe já tivera uma série negativa semelhante, entre os dias 10 e 17 de junho. Na ocasião foram três derrotas por 1 a 0, para São Paulo (Brasileirão), Corinthians (Libertadores) e Flamengo (Brasileirão). Isso porque, à ocasião, o Santos já deixara de marcar gols três vezes nos cinco jogos anteriores.


Em comum entre as duas séries negativas alvinegras está o fato do Peixe praticamente não ter atuado com força máxima — ainda que por razões diferentes. Na atual sequência, por exemplo, a equipe não teve Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael, que estão com a Seleção olímpica. Diante do Vasco, outra ausência foi o capitão Edu Dracena, lesionado.


Já na série anterior, Muricy Ramalho levou a campo um time totalmente reserva ante São Paulo e Flamengo, de olho no confronto decisivo das semifinais da Libertadores contra o Corinthians. O jogo de ida diante do Timão, na Vila Belmiro, foi o único das duas sequências em que o Santos foi ao gramado com a equipe completa.


A consequência da má fase ofensiva é que a sempre elevada média de gols santista atingiu pela primeira vez desde 2010 (ano em que explodiu a geração de Neymar e Ganso) um índice inferior a dois — atualmente está em 1,9 gols/jogo. Para se ter uma ideia, após a decisão do Paulistão contra o Guarani, a média alvinegra era de 2,54 gols/jogo.


- Estamos com dificuldade na frente. A gente marca bem, mas está com problemas na frente - resumiu, irritado, Muricy Ramalho após a derrota para o Vasco, ainda dentro de campo.


Na quarta-feira, às 21h, o Santos tentará dar fim, de uma vez por todas, à carência de gols no embate contra o líder Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte. O Peixe, atualmente, ocupa apenas o 14º lugar do Brasileirão, com dez pontos.


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