quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Chateado, Aranha diz ter ouvido que o Santos só iria mantê-lo em último caso


Aranha Santos (Foto: Marcos Ribolli)Aranha não aceitou acordo proposto pelo Santos

(Foto: Marcos Ribolli)


O goleiro Aranha , que briga com o Santos na Justiça para conseguir a rescisão de seu contrato por conta de atrasos de salários e benefícios, demonstrou grande desconforto com a postura da diretoria e da comissão técnica, que durante o período de férias procurou outros atletas para a sua posição.


O camisa 1, titular em 2014, disse durante audiência realizada na tarde desta quarta-feira que conversou com membros do clube, que lhe confirmaram a vontade de ter um novo arqueiro no elenco – o primeiro alvo foi Jefferson, que ficou no Botafogo, e agora os dirigentes tentam Vanderlei, do Coritiba.


- O que eu ouvi era que o Santos continuaria comigo só se não tivesse dinheiro para contratar outro goleiro – afirmou.


Durante a reunião com representantes do clube na 2ª Vara do Trabalho de Santos, o jogador rejeitou duas propostas de acordo apresentadas pelos advogados – uma para que abrisse mão do processo em troca de a diretoria aceitar negociá-lo por uma oferta de R$ 1 milhão, e outra para que desistisse da ação (e dos valores que poderia receber em uma possível indenização) para que seu contrato, com validade até o fim de 2015, fosse rescindido.


Diante disso, o tribunal decidiu negar o pedido de liminar para liberá-lo e marcou nova audiência para o dia 30 deste mês – mesmo dia em que será avaliado o pedido de Arouca, que também quer se desvincular do clube.



Fui ameaçado de despejo. Não sou mau caráter, só quero minha liberdade para jogar onde os compromissos são honrados e onde me queiram


Autor



Aranha ficou sem receber os vencimentos relativos a outubro, novembro e dezembro, além do 13º e outros benefícios. Após a distribuição do processo, o Santos quitou os dois primeiros meses. O goleiro disse ao juiz Samuel Angelini Morgero que passou dificuldades nesse período.


- Fui ameaçado de despejo. Não sou mau caráter, só quero minha liberdade para jogar onde os compromissos são honrados e onde me queiram. Assim como o Santos procura o que é melhor para o clube, eu resolvi procurar o que é melhor para mim. Tenho 34 anos e uma família para sustentar – declarou.


Após a audiência, o Santos manteve as duas propostas de acordo feitas ao goleiro, que ainda poderá aceitar uma delas para encerrar a briga nos tribunais.