Bruno Rodrigo, em treino do Santos, no CT
(Foto: divulgação/Santos FC)
Se por um lado o Santos sofre com a ineficácia de seu setor ofensivo no Campeonato Brasileiro, por outro o Peixe vive um momento de acerto defensivo que há muito tempo não se via na Vila Belmiro. Após dez rodadas do Brasileirão, o Alvinegro sofreu só sete gols, ostentando atualmente a segunda defesa menos vazada da competição.
O retrospecto positivo não se limita ao torneio nacional. Na temporada, são 38 gols contra em 45 jogos disputados. A média atual, de 0,84 tentos sofridos por partida, vem se afirmando como a menor do time nos últimos dez anos, superando até mesmo os 0,94 registrados em 2006 (64 gols sofridos em 68 partidas).
Para Bruno Rodrigo , a evolução santista no aspecto defensivo tem dedo do técnico Muricy Ramalho. Segundo o defensor alvinegro, o treinador passou ao grupo a filosofia de que todos da equipe devem auxiliar a marcação, incluindo meias e atacantes. E de acordo com o zagueiro, os companheiros vêm se empenhando bem na função.
- O professor Muricy colocou que todos tem que se ajudar na marcação. Então, o processo já começa na defesa adversária, com os atacantes. Quando isso acontece, a bola já chega lá atrás mais espirrada. Então não é um trabalho só nosso (defensores), mas de todo o grupo, que se ajuda para que o time sofra poucos gols - refletiu.
O processo (de marcação) já começa na defesa adversária, com os atacantes. Quando isso acontece, a bola já chega lá atrás mais espirrada"
Bruno Rodrigo
Outro fator pelo qual passa a segurança defensiva alvinegra em contraponto à falta de gols no ataque está no entrosamento entre as peças. A dupla de zaga titular, Edu Dracena e Durval, atua junta desde 2010 - ano em que o próprio Bruno Rodrigo chegou ao clube, atuando desde então como suplente de um dos defensores.
No meio-campo, os volantes Adriano e Arouca jogam juntos desde o início da temporada passada, e ganharam a companhia de Henrique no começo do último Brasileirão. Por outro lado, a atual dupla de ataque (Dimba e Miralles) atuou apenas duas vezes junta (Internacional e Botafogo), e o time sofre com a dependência dos gols de Neymar.
Tal entrosamento, na visão de Bruno Rodrigo, ajuda a entender a dificuldade que o time vem tendo para chegar aos gols - a equipe tem o terceiro pior ataque do torneio - e, por consequência, galgar mais posições na tabela do torneio - o Peixe ocupa somente o 14º lugar do Brasileirão, com dez pontos.
- O Brasileiro é muito difícil, mas perdemos jogadores importantes, como Paulo Henrique Ganso e Neymar, que estão na Seleção, além das saídas de Borges e Alan Kardec. Isso faz muita diferença. Quem está chegando agora, tem qualidade e precisa se entrosar com o grupo. Isso leva um tempinho. Mas todos estão se aplicando, e vão ajudar o time a se recuperar o mais rápido possível - analisou o zagueiro.
Apesar da situação desconfortável no Brasileirão, Bruno Rodrigo aposta na reação santista e ainda acredita que o Santos possa se classificar à próxima Libertadores. Reação essa que passa por um bom resultado já neste sábado, às 18h30, diante do Vasco, em São Januário.
- Temos que melhorar, isso está claro. E, juntos, temos como chegar a esse objetivo. Ainda há muitos jogos pela frente no Brasileiro, e temos condições de brigar (pela Libertadores) - finalizou.
Clique e assista a vídeos do Santos
