segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Polêmicas #36: pênaltis roubam a cena no dia da queda do Verdão


As polêmicas da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro envolvendo a arbitragem foram marcadas por lances de pênalti. Atlético-MG, Botafogo, Sport e São Paulo reclamaram de penalidades máximas não marcadas. O Palmeiras, porém, foi o mais emblemático: na análise do comentarista Leonardo Gaciba, o atacante argentino Barcos sofreu uma falta dentro da área do rubro-negro Ramon, no empate em 1 a 1 com o Flamengo, que contribuiu para o rebaixamento do Alviverde à Série B. O árbitro não assinalou.


Apenas um pênalti, a favor da Portuguesa contra o Grêmio, foi considerado mal marcado pelos comentaristas. O empate em 2 a 2 no Canindé também teve um gol anulado, do gremista Werley, por impedimento que levantou dúvidas.


Confira a análise a seguir:


Flamengo 1 x 1 Palmeiras


O sofrimento pelo rebaixamento do Palmeiras começou logo no início do confronto contra o Flamengo, que terminou empatado em 1 a 1 e também contou com lances polêmicos. Com apenas cinco minutos, a torcida já se agitou na arquibancada pedindo a marcação de um pênalti. Bem posicionado na linha da pequena área, Hernán Barcos cabeceou a gol, mas a bola bateu no braço de Renato Santos . Para o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba, o árbitro acertou.


- Não houve a penalidade. Na realidade, a bola é cabeceada contra o corpo do defensor do Flamengo e acaba tocando um pouco na cintura. O zagueiro tem um movimento completamente natural. Talvez tenha tocado no braço, mas, se houve o contato, não é a intenção deliberada do jogador.


No segundo tempo, novamente os palmeirenses se revoltaram com a arbitragem. Aos 11 minutos, Barcos se infiltrou na grande área e caiu após a entrada de Ramon . O juiz não viu nada no lance, mas, para Gaciba, a penalidade deveria ter sido marcada.


- A gente consegue ver um contato no Barcos, na perna direita. Foi pelo menos um contato suficiente para fazer a queda do jogador.


Portuguesa 2 x 2 Grêmio


Aos 30 minutos da primeira etapa, no Canindé, o assistente anulou o gol de cabeça de Werley, do Grêmio, por considerá-lo impedido após cruzamento de Elano. O narrador Odineiro Ribeiro, porém, teve a impressão de que o jogador tricolor estava em posição legal. No lance, o árbitro chegou a validar o tento antes da interferência do bandeira.


- Tenho a impressão de que quem toca na bola não está impedido, e sim o primeiro homem.


O comentarista Luiz Ademar concordou com Ribeiro.


- Você tem a impressão e eu tenho a certeza. O jogador que fez o gol não estava impedido, quando bateu na bola ele vinha de trás, ficou sozinho na frente do gol, mas a marcação não acompanhou.


Outro lance polêmico do confronto foi o pênalti dado para a Portuguesa aos 5 minutos do segundo tempo. Naldo e Moisés saltaram na grande área e lutaram pela posse da bola, mas o árbitro viu um empurrão do zagueiro tricolor no camisa 10 da Lusa. Na cobrança, o próprio Moisés converteu e tirou o primeiro zero do placar. Na opinião de Luiz Ademar, o lance foi normal e não houve falta.


- Para mim não houve nada, foi uma disputa de bola leal.


Fluminense 0 x 2 Cruzeiro


A derrota para o Cruzeiro no dia em que deu a volta olímpica no Engenhão com a taça de tetracampeão do Brasileiro não impediu a festa do Fluminense. E o placar favorável ao time mineiro começou a ser construído com um pênalti contra o Tricolor das Laranjeiras, aos 21 minutos da primeira etapa. Gum derrubou Anselmo Ramon na área, e o árbitro apontou a infração. De acordo com o comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, o juiz acertou na marcação, que, na sequência, resultaria no gol de Montillo .


- Pênalti claro. O Gum abraça o atacante do Cruzeiro e puxa o jogador. O pênalti é muito claro, não há o que reclamar. Correto o árbitro e correto o cartão amarelo aplicado também.


São Paulo 2 x 1 Náutico


Na estreia de Paulo Henrique Ganso pelo São Paulo, o Tricolor suou para derrotar o Náutico no Morumbi, mas a tarefa poderia ter ficado mais fácil caso contasse com um pênalti a seu favor aos 10 minutos de jogo. Osvaldo recebeu de Lucas e partiu para cima do marcador, fez o drible, mas caiu em seguida. De acordo com o comentarista Muller, o árbitro fez bem em não marcar a infração.


- Foi uma jogada muito rápida. O Osvaldo dá uma caneta no zagueiro do Náutico e se joga.


Aos 24 minutos do segundo tempo, outro lance que chamou a atenção para a arbitragem. Lucas fez boa jogada e tocou para Luis Fabiano. O atacante são-paulino acabou derrubado dentro da área pelo zagueiro Alemão. Na opinião de Muller, o árbitro acertou ao assinalar a penalidade máxima. Na cobrança, LF9 fez o gol da virada para o Tricolor Paulista.


- O Alemão chegou empurrando o Luis Fabiano. Jogador sempre vai valorizar, mas foi pênalti.


Sport 2 x 0 Botafogo


Lutando para fugir do rebaixamento, o Sport obteve uma importante vitória sobre o Botafogo. Antes de conseguir os gols que garantiram os três pontos na Ilha do Retiro, os jogadores da equipe pernambucana pediram um pênalti aos 9 minutos de partida. Preso à linha de fundo, Gilberto tentou passar por Dória, e a bola tocou no rosto e depois no braço do zagueiro alvinegro. O árbitro assinalou apenas escanteio, e o comentarista Mário Flávio concordou com a decisão do juiz.


- Se houve (o toque de mão), foi involuntário. A sensação que fica é que a bola bate no rosto e cai sobre o ombro, então não seria pênalti nesse caso.


Em uma esperança de alcançar o empate, quando tinha somente um gol de desvantagem, o Botafogo não teve marcado um pênalti a seu favor. Aos 37 minutos do segundo tempo, Elkeson recebeu de Seedorf e foi calçado por Tobi . Apesar da reclamação dos botafoguenses, o árbitro não deu nada. Mário Flávio discorda do posicionamento do juiz.


- Foi pênalti, o Tobi perde a bola. O árbitro pode ter dado a lei da vantagem, mas foi pênalti claro. Erro do árbitro.


Atlético-MG 2 x 2 Atlético-GO


No Independência, o atacante Neto Berola, do Galo, pediu pênalti aos 34 minutos do segundo tempo. Para o árbitro, no entanto, não houve falta quando o jogador se chocou com Pituca, do Dragão. O mesmo interpretou o narrador Rogério Correia.


- Impressão de que já estava caindo e tem o choque com o Pituca.


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