Robinho disputando clássico em Milão
(Foto: AFP)
Que o retorno de Robinho a Vila Belmiro é um sonho antigo do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, não há dúvidas. Tanto que, no final do ano passado, o Santos chegou ao limite na tentativa de repatriar o ídolo, mas esbarrou nas exigências do Milan , da Itália, e no salário elevado do atacante. A esperança pelo retorno do Rei das Pedaladas, porém, segue intacta. Não à toa, o Peixe voltará a carga pelo jogador no meio do ano - desde que, de acordo com o mandatário santista, as condições para a negociação mudem.
- No último domingo (no classico entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro), visitei o camarote do presidente da Philco (que estampou a marca na camisa santista), acima das arquibancadas. A torcida me viu e, de forma simpática, pediu o Robinho. E eu, lá de cima, entrei no coro. Também quero o Robinho, tantou ou até mais que qualquer torcedor. Mas entre querer e poder, há uma distância. No meio do ano, as condições podem mudar. A gente vai atrás. O Santos continua sonhando com o Robinho - disse Luis Alvaro, em entrevista ao programa "Radar Esportivo", da TV COM, de Santos.
- Luis Alvaro revela encontro com Adriano, mas descarta contratação
- Laor ironiza 'cheque em branco' do City e destaca Neymar feliz no Peixe
- Leia mais notícias do esporte em SANTOS E REGIÃO
As "condições" as quais Luis Alvaro se tratam dos valores exigidos pelo Milan. O clube italiano bateu o pé e só aceitou negociar Robinho por 10 milhões de euros (R$ 27 milhões) - apesar de desejar um salário de cerca de R$ 1,1 milhão, o atacante admitiu abrir mão de parte do ordenado, para facilitar a transação. No entanto, como a partir de julho o Rei das Pedaladas terá só mais um ano de contrato, o Peixe acredita que a pedida do Milan possa diminuir no meio do ano, quando chega ao fim a temporada 2012/2013 na Europa.
Em 2010, quando repatriou Robinho da primeira vez (por empréstimo, junto ao Manchester City, da Inglaterra), o Santos reuniu parceiros que custearam a maior parte dos salários do atacante (avaliados em R$ 1 milhão mensais, à época), cabendo ao clube uma parcela dentro do teto salarial, então de R$ 160 mil. A engenharia financeira, porém, não foi suficiente em 2012.
- Os números descolaram. A gente sabe que ele tem potencial de geração de recursos como ídolo popular e carismático, mas isso tem um limite em termos aritiméticos. Havia um clube que detinha os direitos (Milan), e que pretendia, por razões internas, um determinado valor (pelo jogador), que, somado a pretensão salarial do atleta, não viabilizaram a negociação. O que não siginifica que tenhamos desistido - explicou Laor (como é conhecido o dirigente).