Desde 2009 a seleção brasileira não vence uma partida contra as maiores seleções do mundo. O último triunfo foi contra a Inglaterra. De lá para cá perdeu para Argentina, Alemanha e a própria Inglaterra. Mas não só, dos últimos cinco jogos, desde que Luiz Felipe Scolari assumiu a Seleção, o time só venceu um compromisso, contra a Bolívia, por 4 a 0. Para o comentarista Marco Antônio Rodrigues, o momento atual do time do Brasil é “de dar pena”.
- O que vimos essa semana (nas semifinais da Copa dos Campeões) foi muita intensidade, movimentação, velocidade da bola, marcação sob pressão no campo de ataque. O Brasil parece um bando desorganizado, errando passe. Deu pena da seleção brasileira, com aquela camisa, tão desorganizada. Antes não conseguia vencer as seleções grandes, hoje não consegue ganhar das seleções médias – detonou Bodão, no “Arena” .
Segundo Maurício Noriega, o problema é mais profundo que se supõe.
- Nós vimos a seleção enfrentando recentemente a Seleção enfrentando seleções dos mais variados níveis: Inglaterra, Itália, Rússia, Bolívia, Chile, e as dificuldades são sempre as mesmas. Eu vejo a seleção jogando um futebol lento, a velocidade que a bola é trabalhada. A gente confunde velocidade com chutão pra frente do zagueiro e o Neymar correndo atrás da bola. O problema é micro, por conta do jogo de ontem, e macro no sentido do conceito – expôs Noriega.
Para Marco Antônio Rodrigues, 'deu pena' do Brasil diante do Chile (Foto: William Volcov/Agência Estado)
Deu pena da Seleção, tão desorganizada"
Marco Antônio Rodrigues
Edinho, que disputou as Copas de 1978, 1982 e 1986, diz que é preciso mudar a filosofia nas categorias de base.
- A Seleção é um catado e sempre tem que propor jogo. Hoje em dia uma equipe que não marca dificilmente joga. E foi o que vimos ontem. O Chile tem um conceito de jogo, o que não temos. Aqui o atacante não marca, quer bola no pé. Os meias não podem carregar a bola, atrapalha a dinâmica do jogo. Vimos no gol do Chile, o Paulinho querendo carregar a bola, perdeu e saiu o gol do Vargas. Nosso conceito tem que mudar. Nosso estilo de jogo é ultrapassado. Temos que mudar na base, criar uma nova filosofia. Se não marcarmos os outros jogadores, não dá.
Para o ex-jogador, Felipão erra ao apostar em Ronaldinho Gaúcho.
- Estamos querendo resgatar jogadores que não foram para a Copa de 2010. No Atlético-MG tem jogador correndo para o Ronaldinho.
Alberto Helena Jr segue a mesma linha de Edinho.
- É um absurdo o Brasil não ter um conceito, um bando correndo atrás da bola, beque dando chutão lá para frente. O Atlético-MG é diferente, ele é meia-atacante, e no futebol brasileiro ele consegue fazer. O Ronaldinho não é, nunca foi, e nunca será o meia armador da Seleção. O Ronaldinho, não é meia-armador, o Jadson não é. E não dá para querer que Kaká e Ronaldinho liderem esse jovens. Eles não têm perfil de líderes, não são líderes.
