Rafael Cabral foi decisivo na classificação do Santos à semifinal do Campeonato Paulista. Na disputa de pênaltis contra o Palmeiras, o goleiro defendeu as cobranças de Kleber e Leandro e garantiu a vitória santista por 4 a 2, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Empolgado com a atuação, o camisa 1 disse ainda sonhar com o retorno à seleção brasileira, que não defende desde a convocação para os Jogos Olímpicos de Londres – ele acabou cortado por lesão.
– Tive a oportunidade de ser convocado com o Júlio (Cesar, do Queens Park Rangers-ING), um baita de um goleiro, como também estive com Victor (do Atlético-MG) e Jefferson (do Botafogo). Quando um não atuou, o outro esteve lá. Fui cortado por lesão e, por opção, acabei não voltando mais. Mas quando joguei, sei que fui bem. Então, esperança de (voltar à) Seleção a gente sempre tem, independente de quem for o treinador. Vou trabalhar quietinho, com humildade. Sou novo, a esperança nunca diminuiu – afirmou.
Esperança de (voltar à) Seleção a gente sempre tem, independente de quem for o treinador. Vou trabalhar quietinho, com humildade"
Rafael, goleiro
do Santos
Convocado pela primeira vez quando a seleção brasileira ainda era comandada por Mano Menezes, Rafael fez quatro jogos (sempre amistosos) no ano passado. Cortado das Olimpíadas em razão de um trauma no cotovelo direito durante um treino do Brasil já em Londres, o goleiro não foi mais chamado por Mano. O camisa 1, porém, é só elogios ao ex-treinador da Seleção, que desde o final do ano passado é dirigida por Luiz Felipe Scolari.
– Eu tinha a confiança do Mano. Ele sempre me deu muito apoio, foi um profissional que me ajudou muito. Além disso, eu tinha idade olímpica na ocasião. Quando a Olimpíada acabou, ele voltou a chamar goleiros que ele avaliava serem melhores. Mas eu só tenho a agradecer. Foi ele quem me deu a primeira chance – destacou.
Apesar dos elogios pela atuação contra o Palmeiras, Rafael conteve a euforia e já se disse de olho no próximo compromisso do Santos, pela semifinal do Paulistão, contra o Mogi Mirim. Segundo ele, é importante que o jogador esteja preparado para qualquer tipo de cobrança, mesmo depois de um bom jogo.
– Ninguém gosta de críticas, mas somos profissionais e temos de saber conviver com isso. Em um dia você está bem, no outro, mal. Hoje (sábado) peguei dois pênaltis, mas no próximo jogo será uma nova cobrança. Você tem de saber “trocar o chip” e trabalhar para estar sempre bem preparado – finalizou.
Rafael, goleiro do Santos, comemora vitória nos pênaltis contra o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)
