segunda-feira, 8 de abril de 2013

Parreira defende Neymar e não quer ele fora do Brasil: 'Nosso único ídolo'


neymar brasil x bolivia (Foto: Reuters)Neymar fez dois gols sobre a Bolívia (Foto: Reuters)


Ídolo do Brasil, Neymar vem recebendo algumas críticas devido às suas últimas atuações pelo Santos e Seleção Brasileira. A dificuldade encontrada pelo jogador de furar o sistema defensivo das seleções europeias levantou questionamentos se é válida sua saída para o futebol do velho continente antes da Copa do Mundo.


Nesta segunda-feira, após participar de um evento sobre novas tecnologias no futebol, um antigo defensor da transferência do santista, o Coordenador Técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, disse entender que, há um ano da Copa, a mudança já não seria tão significativa para a joia.


- Se ele tivesse ido para o exterior há dois anos teria sido muito bom, mas não foi. Se ele for agora, eu acho que ainda pode ser bom, mas se for só para ir no início do ano que vem, considero perda de tempo. Espero mesmo é que ele fique aqui - opinou Parreira.



Não há jogadores que nem ele. Passamos por um momento que não temos ídolos. Temos bons jogadores, mas nenhum igual a ele. É uma joia, um jogador diferenciado, a grande esperança da Seleção"


Carlos Alberto Parreira, coordenador da Seleção, sobre Neymar



Nem as constantes comparações com Messi e Cristiano Ronaldo, nem mesmo a fase, para muitos, considerada ruim do atacante, preocupam Parreira. Na avaliação do técnico campeão mundial de 94, as críticas sobre Neymar são exageradas e o considera como o maior ídolo dessa geração e a principal esperança da seleção canarinho para a Copa.


- (Comparações) Não estou preocupado, assim como ele também não está. Não há jogadores que nem ele. Passamos por um momento que não temos ídolos. Temos bons jogadores, mas nenhum igual a ele. É uma joia, um jogador diferenciado, a grande esperança da Seleção - defendeu o coordenador técnico.


Se as últimas atuações de Neymar não o preocupa, a falta de uma base da última Copa do Mundo na África do Sul é apontada por Parreira como a grande dificuldade encontrada tanto por Mano Menezes quanto por Felipão, que resgatou alguns atletas como Júlio Cesar e Ronaldinho Gaúcho, além de Kaká.


- Prejudicou o Mano e agora o Felipão. Quando o Mano assumiu era terra arrasada, não tinha ninguém da última copa, era reformulação total. Ele formou uma nova base e depois nós aproveitamos mudando algumas peças. Chamamos o Júlio (Cesar), o Kaká e o Ronaldinho, jogadores com experiência em Copa do Mundo - lembrou Parreira, que deixou para o técnico da Seleção a incumbência de decidir se levará o atleta do Real Madrid, do Atlético-MG ou ambos.


- Na hora certa, Felipão vai fazer a escolha seja com um deles, com os dois ou nenhum - escapou Parreira.


Evento carlos alberto parreira treinadores antonio lopes cristovao borges (Foto: Fábio Leme)Parreira esteve em evento nesta segunda com Antônio Lopes (centro) e Cristóvão Borges (Foto: Fabio Leme)


Com seis participações na competição mais importante entre seleções do planeta, Parreira avaliou como de razoável para bom o desempenho da Seleção Brasileira nos últimos amistosos e não demonstrou preocupação quanto a falta de entrosamento e de um time base. Na sua opinião, o Brasil tem como histórico formar equipes vencedores as vésperas do início dos torneios.


- As seleções têm essa peculiaridade de se formar em cima da hora, com exceção do Brasil de 94, quando foi o mesmo time daquele que venceu o Uruguai pela última rodada das eliminatórias do ano anterior. Não é fundamental que a equipe esteja pronta agora, mas sim no final do ano após os amistosos. Queira ou não, os adversários ainda nos respeitam - completou Parreira.