domingo, 9 de setembro de 2012

Santos 0 x 0 São Paulo: Clássico expõe dependência de jovens talentos e rivais ficam no zero a zero

Após 90 minutos de muitos erros, uma expulsão e pouca criatividade, Santos e São Paulo empataram em 0 a 0 na Vila Belmiro. O time de Muricy Ramalho não consegiu encerrar a série de agora quatro resultados negativos e ocupa a 14ª posição. Na próxima rodada, recebe o Flamengo ainda na Vila Belmiro. O São Paulo deixou mais uma vez de se aproximar do G4 e até o fim da partida havia perdido ao menos uma posição, ficando com o 6º lugar. O próximo confronto será com o Atlético-MG, fora de casa.

Festival de passes errados e pouquíssimas jogadas criadas marcam primeiro tempo fraco


O Santos foi para o clássico desfalcado de suas duas principais estrelas: Neymar e Paulo Henrique Ganso. Com a responsabilidade de armar o time da Vila, Gerson Magrão e Felipe Anderson falharam feio na missão, abusando dos erros de passe e no caso da "joia" santista, mal tocou na bola.


Apesar disso, um dos raros lances perigosos da primeira etapa saiu dos pés de Magrão. Após André tirar Rhodolfo da jogada com leve toque com a parte externa do pé, o meia deu uma caneta no marcador e soltou a bomba de canhota, que foi na direção do ângulo mas subiu demais, mesmo assim assustando o goleiro Rogério Ceni, aos 13 minutos.


Aos 17 minutos o time da casa poderia ter criado mais uma chance, mas parou em um erro da arbitragem. Felipe Anderson roubou bola de Denilson e foi tocado por trás, um passo fora da grande área, mas o lance - que ocorreu entre árbitro, bandeira e auxiliar atrás do gol - foi ignorado e o meia ainda levou cartão amarelo por simulação.


E se do lado santista os desfalques pesaram na escalação de Muricy Ramalho, o São Paulo estava com o meio campo que vem sendo titular, mas o camisa 10 Jadson definitivamente não se encontrou na primeira etapa. A principal jogada do tricolor paulista era a saída pelas laterais, mas pouco fora criado até as duas finalizações de Luis Fabiano, as únicas perigosas pelo lado são-paulino: aos 32, Rhodolfo dividiu no alto e o centroavante pegou de primeira dentro da área, mas Rafael pegou firme. Aos 37, a principal chance do São Paulo e do primeiro tempo: bola enfiada de Jadson para Luis Fabiano dentro da área, corte no goleiro Rafael mas finalização na rede pelo lado de fora.


Número de chances cresce mas baixo nível técnico mantém zero no placar


Só o Santos mexeu no intervalo: saiu Patito Rodríguez e entrou Victor Andrade, para tentar dar mais movimentação ao ataque. Mas quem parecia mesmo disposto a sair da Vila com a vitória era o São Paulo. Logo aos 3 minutos de segundo tempo, Casemiro deu bela arrancada do meio campo e serviu Luis Fabiano, que bateu e encontrou Rafael bem colocado, segurando sem dar rebote.


Com mais volume de jogo, o time da capital paulista pecava no passe derradeiro, e quase foi punido pelos erros em sequência aos 16 minutos. Bruno Peres recebeu nas costas de Cortez e cruzou rasteiro. Rafael Toloi chegou de carrinho - e apesar de quase marcar contra - tirando do alcance de André, que chegava na segunda trave para completar às redes.


A resposta demorou 7 minutos e veio com Jadson. O camisa 10 recebeu de Ademilson, que havia entrado no jogo, avançou dentro da área e bateu cruzado, tirando tinta da trave direita de Rafael. Osvaldo também tentou pela esquerda, aos 27 minutos. Ele passou pela marcação dentro da área e bateu no alto, mas mandou na parte externa da trave.


Antes do fim, o Santos ainda assustou em finalização de André, que passou perto do ângulo direito de Ceni; e cobrança de falta de Bernardo, obrigando o goleiro tricolor a se esticar para realizar a defesa. O meia entrou no lugar de Gerson Magrão e melhorou um pouco a movimentação ofensiva do Santos, não o suficiente para abrir o placar.