segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Santos quer pagamento à vista por Ganso, e decisão fica para terça


O Santos anunciou que recusou a proposta do São Paulo por Paulo Henrique Ganso porque o acerto verbal, feito na noite de sexta-feira, não foi cumprido pelo Tricolor na proposta enviada nesta segunda-feira pela manhã. O GLOBOESPORTE.COM apurou com pessoas ligadas ao Santos que o combinado era que os R$ 23,8 milhões fossem pagos à vista, mas, de acordo com dirigentes do Peixe, o Tricolor propôs parcelar o pagamento: metade agora e a outra apenas em janeiro. Nesses termos, não haverá negócio.


A nota oficial diz apenas que como "o documento não atendeu os interesses do clube, a proposta foi novamente recusada pelo Comitê de Gestão". Uma nova reunião entre Santos, São Paulo, DIS e Ganso deve ser realizada na terça-feira.


Na última sexta, o Santos aceitou receber o valor do São Paulo, que contará com a ajuda do DIS na negociação. Porém, um dos fatores para que as partes chegassem a um acordo foi justamente o fato de o pagamento ser à vista.


Em um seminário sobre o futebol brasileiro, realizado na capital paulista, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro confirmou que o problema não é o valor da negociação.


- Seria antiético falar de uma correspondência que o São Paulo me mandou, assinada por seu presidente. Sem a autorização deles, não posso falar. Mas o problema não é o número, e sim as outras condições - afirmou Laor.


Enquanto isso, o Grêmio ainda se mostra confiante no sucesso de uma negociação, mas o DIS e Ganso descartam completamente o acerto com o clube gaúcho. Para que o meia jogue no São Paulo, o grupo de investidores topa abrir mão de receber o equivalente a 55% dos direitos econômicos a que tem direito, o que não aconteceria em caso de transferência para o Grêmio.


Por fim, o presidente santista, que era favorável á negociação com os gaúchos, afirmou que entende a vontade de Ganso em deixar o clube, mas tem de preservar os direitos do clube.


- O Santos não quer vender, mas entendo que ele queira sair, é compreensível. Acabou a escravidão no Brasil, mas é necessário que os direitos do Santos sejam preservados.