Bruno Andrade - 04/10/2013 - 08:08 São Paulo (SP)
O boicote ao São Paulo na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2014 já conta com dez grandes clubes do futebol brasileiro . A reportagem do LANCE!Net apurou que, apesar de não se preocupar com as acusações dos adversários, a cúpula são-paulina supõe que o protesto tem "data de validade" para perder boa parte dos participantes.
Por causa da força política nos bastidores da FPF (Federação Paulista de Futebol) e, principalmente, o jogo de interesses dos empresários que rodeiam as categorias de base, o Tricolor acredita que muitos dos times insatisfeitos vão mudar de opinião até o fim do ano.
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Hoje presidente da FPF, Marco Polo Del Nero surge como o principal nome para suceder José Maria Marin na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Com isso, o dirigente da entidade paulista precisa se mexer para não criar atritos com os aliados, entre eles, Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, um dos clubes que encabeça o grupo de protesto contra o São Paulo.
A primeira iniciativa de Del Nero para abafar a polêmica foi enviar uma carta aos clubes que aderiram ao boicote. Nela, o mandatário pede que os clubes repensem a decisão. Agora, o próximo passo é organizar uma reunião em São Paulo nos próximos dias para tentar esvaziar o movimento. Para isso, ele conta com o apoio de Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da FPF, que foi o escolhido para articular o encontro.
Até o momento, Corinthians, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Sport e Vitória enviaram carta à Federação Paulista de Futebol condicionando a inscrição na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2014 à exclusão do São Paulo.
Por outro lado, Bahia, Palmeiras, Grêmio e Internacional já avisaram que vão participar do torneio. O Grêmio, aliás, é o clube que tem dado suporte e apoio ao São Paulo neste caso. Fábio Koff, presidente do time gaúcho, ligou recentemente para Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino, oferecendo ajuda na discussão.
REUNIÃO DO GRUPO DO BOICOTE
Na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, os responsáveis pelas divisões de base dos clubes que compõem o movimento contra o São Paulo vão se reunir para traçar os próximos passos do protesto. A Federação Paulista de Futebol pretende enviar um representante para acompanhar o encontro e, assim, já tentar desenhar o início de um acordo positivo.