quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Claudinei, medalhões ou baratos: escolha de técnico divide Comitê


Claudinei Oliveira, treinador do Santos (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)Claudinei não sabe se vai seguir no Peixe. Nem a

diretoria (Foto: Ricardo Saibun / Santos FC)


O Comitê de Gestão do Santos está dividido, agora não por razões políticas. O assunto da vez é a escolha do técnico da equipe para 2014, já que o contrato de Claudinei Oliveira com o Peixe chega ao fim em dezembro, e a maior parte dos dirigentes, que se reúnem nesta quinta-feira, não é favorável à renovação. Ainda não se chegou a um consenso, no entanto, sobre o perfil do novo comandante, especialmente por conta das limitações financeiras do Alvinegro.


Uma parte dos dirigentes é a favor de que o Santos invista em um treinador experiente, mesmo que para isso tenha de abrir os cofres. Abel Braga, cogitado após o fracasso nas conversas com os argentinos Marcelo Bielsa e Gerardo Martino, é um nome que agrada, embora ele tenha admitido interesse de assumir o Internacional. Oswaldo de Oliveira, do Botafogo, também está na pauta.


Outro nome estudado é o de Tite, do Corinthians. O comandante tem contrato até o final do ano e quase deixou o clube do Parque São Jorge no começo do mês, mas só vai discutir renovação ou ouvir qualquer proposta quando o time estiver em situação confortável no Brasileirão. Em comum, o fato de todos serem caros: Abel recebia R$ 700 mil no Fluminense, clube do qual se despediu em julho, enquanto Tite ganha R$ 600 mil no Timão e Oswaldo tem salário de R$ 380 mil no Bota.



Outra parcela do Comitê, preocupada com a saúde financeira do clube, discorda da aposta em medalhões e defende técnicos mais baratos, mas de bons trabalhos recentes. Gilson Kleina, por exemplo, que deve deixar o Palmeiras em dezembro, foi recomendado ao Santos há dois meses por um dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF) que é próximo do presidente Odílio Rodrigues. Guto Ferreira, da Portuguesa, também agrada – na Lusa, inclusive, ele recebe R$ 80 mil, o mesmo salário de Claudinei no Alvinegro.


Odílio admite que o Comitê está dividido, mas não entra em detalhes sobre os nomes em pauta.


- Graças a Deus, o Comitê tem divisão (de opiniões). Eu ficaria preocupado se todos nós pensássemos igual. Mas, quando discutimos, prevalece o consenso. O colegiado vai tomar a decisão e em janeiro todos vão saber o que foi escolhido – resume.