terça-feira, 29 de outubro de 2013

Acusados de fraude, funcionários do Santos podem ser demitidos


Bruno Giufrida - 29/10/2013 - 08:23 Santos (SP)


Francisco Cembranelli, novo dirigente do Santos (Foto: Divulgação)


A reunião desta terça-feira, do Conselho Deliberativo do Santos, na Vila Belmiro, será decisiva para o futuro de três funcionários do clube que estão sendo acusados de envolvimento em uma fraude com a Breda.


No início de 2010, os esportes amadores do Peixe precisavam de transporte para a disputa de competições. Como solução, o atual diretor social, Moacir Brandelero, propôs uma permuta com a empresa de transporte, cedendo um camarote no estádio, mas que acabou gerando um débito de R$ 60 mil.


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O questionamento começou porque esse valor foi pago em dinheiro vivo, sem qualquer lançamento contábil no clube. Na reunião desta terça, três funcionários serão citados como os envolvidos no caso: Luis Fernando Paiva Vella, ex-gerente de patrimônio e atual gerente de logística e segurança, Cesar Lima, gerente financeiro, e Kenso Noguchi, o Jorge, responsável pelo transporte. Eles poderão até ser demitidos.


No documento que será apresentado, a Comissão de Inquérito e Sindicância vai mostrar quais atitudes poderão ser tomadas caso a acusação seja aprovada. O documento, em nome do ex-presidente da Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos, Francisco Cembranelli, atual membro do Comitê de Gestão, é do dia 23 de julho e já deveria ter sido votado, mas os conselheiros pediram um tempo para analisarem essas e outras provas.


O ex-advogado do clube, Fábio Gonzalez, que também teria participado, explica como o caso foi tratado na época da descoberta:


– Aconteceu uma sindicância interna e após a apuração chegou-se a conclusão que o César, o Vella e o Jorge não estavam envolvidos.


O Santos vai cobrar de Gonzalez e Alípio Tavares Labão o ressarcimento do dinheiro gasto no caso. O sócio Daniel Gualberto Chaib, que teria recebido o dinheiro que cabia à Breda, pode ser expulso do quadro.


Entenda o caso: a conclusão do Santos


O acordo

Em 2010, Daniel Gualberto Chaib intermediou o acordo entre o Santos e a Breda, empresa de transportes. Um camarote foi cedido em permuta.


A dívida

Após a utilização de diversos serviços pelos esportes amadores, o Santos ficou com R$ 60 mil a serem quitados financeiramente com a Breda.


A fraude

Até então como intermediador do caso, Daniel recebeu o pagamento do Peixe, mas a quantia nunca chegou aos cofres da Breda, procurada pelo clube posteriormente para análise do caso.


Atitudes

Se forem punidos, caso o Conselho aprove, os três funcionários do Santos serão demitidos por justa causa.