quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dispensas no Peixe não têm relação com falta de patrocínio, afirma Odílio


Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)Odílio cita economia com reforma administrativa do

clube (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)


A reforma administrativa pela qual passou o Santos nos últimos meses resultou em uma economia de aproximadamente R$ 560 mil mensais aos cofres. É o que garante o presidente em exercício do Peixe, Odílio Rodrigues. O mandatário, porém, explica que a medida não foi motivada pelo fato de o Alvinegro não ter fechado com um patrocinador master para 2013 - o que acarretou um prejuízo de R$ 1,5 milhão por mês em relação ao ano passado, quando o clube recebia R$ 20 milhões anuais do Banco BMG.


De acordo com Odílio, de fevereiro até agora, 39 funcionários deixaram o clube, sendo substituídos por 15 profissionais – segundo o dirigente, com salários menores. Dentre os dispensados, estão o ex-superintendente de esportes Felipe Faro e os advogados João Vicente Gazolla e Fábio Gonzalez. À ocasião, o presidente em exercício justificou as saídas como “decisões administrativas”.


- Fizemos uma racionalização dos custos administrativos. Isso se dá, primeiramente, por dever de gestão, e, em segundo lugar, por necessidade, o que também reflete na atividade futebol. Temos uma gestão que aposta muito na profissionalização. Quando fazemos isso, obtemos medidas de controle, que nos permitem tomar decisões, e aperfeiçoamos os recursos que temos à disposição – justifica.



Odílio garante que a reforma administrativa não tem relação com a dificuldade do Santos de fechar com um patrocinador master. Ao longo do ano, o clube negociou com diversas empresas, mas obteve apenas acertos pontuais. O Alvinegro buscava receber valores acima dos R$ 20 milhões/ano.


- Não estamos fazendo essas alterações por conta disso (ausência de patrocínio master). Claro que é ruim ficar sem esse aporte. Para qualquer clube é ruim, pois se trata de uma receita recorrente, da qual não podemos abrir mão. Mas nós faríamos essas mudanças administrativas mesmo que estivéssemos com o patrocínio. O que acontece é que não conseguimos fechar (com empresas) nos valores que desejávamos – argumenta.


O Santos recebe R$ 12 milhões em patrocínios, com CSU (números), Corr Plastik (barras da camisa e calção), Seara (omoplatas) e Minds Idiomas (próximo à gola). O Peixe esteve perto de fechar com a Zurich Seguros (mangas) por R$ 6 milhões, mas as negociações não avançaram.