Bruno Cassucci e Guilherme Amaro - 23/10/2013 - 09:41 Santos (SP)
O zagueiro Gustavo Henrique, de 20 anos, mostra ansiedade para o clássico contra o Corinthians, no próximo domingo, em Araraquara. O duelo da 31ª rodada será o primeiro dele pelo time profissional contra o rival do Peixe. Logo de cara, o defensor terá pela frente a missão de marcar nomes como Pato, Sheik, Renato Augusto, entre outros, missão para a qual ele se diz preparado.
- Faz muito tempo que penso neste clássico, que é muito importante para a torcida santista e para mim sempre foi, desde a base. Estou estudando muito os atacantes, são grandes jogadores. Via eles na TV e agora terei a oportunidade de marcá-los. Espero cumprir bem meu papel e ajudar o time a vencer - disse, ao LANCE!Net.
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Pelo Peixe, o garoto só participou de clássicos contra o São Paulo. Titular nos dois turnos, ele venceu e teve boas atuações em ambos.
Feijão com arroz no começo: bicão
Ainda em seu primeiro mês como titular, Gustavo aprendeu uma lição importante: se complicar, tem de dar um chutão para afastar o perigo da área. Ele recebeu conselhos dos companheiros de equipe e agora busca fazer o “feijão com arroz”.
Na base, no entanto, ele diz que era diferente, porque tinha mais espaços para sair jogando. Agora nos profissionais, ele busca se adaptar e também aperfeiçoar a perna esquerda, já que vem jogando por esse lado, enquanto Edu Dracena fica na direita.
– Vários jogadores me falaram que se não der, tem que chutar para frente. Essa é a ideia, ainda mais eu que estou começando. Se errar, bate desconfiança, torcida pega no pé... Então procuro fazer o feijão com arroz. Na base era diferente, aqui os atacantes são mais experientes, sabem encurtar o espaço. Estou treinando bastante do lado esquerdo, tentando aperfeiçoar a perna esquerda também – afirmou Gustavo.
Caçula diz ter sido intimidado
Gustavo Henrique é o jogador mais novo do time titular do Santos, com 20 anos. Ser jovem não é um problema para ele, mas alguns atacantes tentam tirar proveito disso para desestabilizá-lo. O zagueiro conta que uma vez um rival tentou intimidá-lo, mas prefere não revelar quem foi.
– Teve um que falou: “Aí, juvena, segura, dá uma segurada, hem?”. Não gosto desse tipo de coisa, mas é tranquilo, coisa do futebol. Quando for veterano, não vou fazer isso, vou respeitar – diz ele, que garante ter se dado melhor contra o provocador.
No elenco, porém, a fase das gozações já passou. Logo que subiu ao profissional, no começo do ano, Gustavo sofreu nas mãos de Neymar, que raspou o cabelo dele e de outros novatos.
– Tem o trote, né? Mas calcinha, como o Douglas (lateral-direito) nunca usei, ainda bem! Eu prefiro apanhar do que fazer isso (risos) – conta o defensor, que atualmente só ouve algumas brincadeiras por ser o caçula.
