quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Após protestos, Muricy defende Ganso: 'Não vou virar as costas'


LANCEPRESS! - 29/08/2012 - 22:31 Santos (SP)


Santos x Bahia - Campeonato Brasileiro - Muricy (Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)


O meia Paulo Henrique Ganso não está sozinho na polêmica contra o torcedor santista, que, desde o clássico contra o Palmeiras, tem protestado contra seu camisa 10. Após a partida desta quarta-feira, na derrota do Santos por 3 a 1 para o Bahia, o técnico Muricy Ramalho voltou a garantir apoio ao seu jogador e disse que acredita em sua personalidade para inverter o quadro.


Em processo de negociação com o São Paulo, Ganso foi chamado de mercenário e foi hostilizado após o duelo na Vila Belmiro, com direito a arremesso de moedas no gramado.


- Não é agradável, realmente é chato. O que podemos fazer é confortar o cara, ficar do lado dele, por isso nem pensei em tirá-lo. Porque isso não faço, tirar dele a responsabilidade. A torcida vem, paga ingresso e temos de passar por isso. Mas não vou virar as costas para ele - afirmou o treinador santista, em entrevista coletiva.


Muricy disse que já viveu caso semelhante como treinador e lembrou que também já foi jogador e sabe o que é atuar sem o apoio da torcida. Segundo o técnico, é possível virar o jogo, mas só as vitórias trarão tranquilidade ao camisa 10.


- Já aconteceu comigo sim, em alguns times. A única chance que o profissional tem é jogar e conquistar, ganhar ou ganhar, perder realmente dá margem a isso. Claro que dá para reverter, é só se dedicar, como vai, está se dedicando, e com certeza reverte - analisou.


Muricy sai em defesa de Ganso mesmo com o jogador em pé de guerra com a diretoria. Por conta da fracassada tentativa de renovação de contrato e a negociação do meia com o São Paulo, clube e jogador travam uma verdadeira batalha nos bastidores, cada um com estratégias pensando no seu lado. O jogador já disse que não tem mais clima e quer sair e o clube espera pelo menos o valor da multa rescisória ou algo perto: são cerca de R$ 23 milhões, por 45% dos direitos econômicos pertencentes, sendo que 55% são da DIS, braço esportivo do grupo Sonda.