quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ganso rebate gritos de 'mercenário': 'Tenho um dos salários mais baixos'


LANCEPRESS! - 29/08/2012 - 22:07 Santos (SP)


As imagens de Santos 1 x 3 Bahia (Foto: Miguel Schincariol)


Irritados com a derrota por 3 a 1 para o Bahia, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, alguns torcedores do Santos protestaram após a partida. O alvo foi um só: Paulo Henrique Ganso, que foi chamado de mercenário, teve sua saída do clube pedida e recebeu uma chuva de moedas.


O jogador não se intimidou. Bem à frente do grupo de fanáticos, foi solícito com os jornalistas e deu entrevista por alguns minutos, respondendo às críticas com firmeza.


- Tenho um dos salários mais baixos da equipe do Santos e a torcida está gritando que eu sou mercenário. Mas isso é assim mesmo, torcedor é isso aí. Infelizmente, é a cultura do nosso país - disse o camisa 10, que já recusou diversas propostas de reformulação contratual por não se satisfazer com os vencimentos oferecidos pela diretoria.


Com proposta do São Paulo, o meia fez seu quinto jogo no Campeonato Brasileiro nesta noite. Para poder defender outra equipe da Série A ainda na temporada, ele só poderá participar de mais um. O fato de estar indo a campo 'sem chinelinho' é usado pelo atleta como arma de defesa, assim como os títulos já conquistados.


- Sempre tive um carinho enorme pelo Santos. Sempre me dediquei, fiz muitos gols e ganhei muitos títulos. Quando o Santos não ganha é assim mesmo, o torcedor tem que achar um culpado - acrescentou, contrariado.


- Se você prestar atenção, é só uma parte da torcida que está gritando. Não me sinto injustiçado, deixo para as pessoas opinarem. Eu tenho que manter a cabeça tranquila. É até difícil falar a verdade, mas é triste ouvir isso aí - continuou.


Ganso continua sem se posicionar sobre sua vontade. Não se arrepende de ter declarado que seria um prazer jogar no São Paulo, mas lembra que tem contrato com o Peixe até 2015 e deixa a decisão nas mãos da diretoria.


- Se está chegando o fim da linha? Acho que quem tem que decidir é quem está no comando do clube - completou.