terça-feira, 11 de setembro de 2012

'Rei' das cavadinhas, Djalminha ensina: 'Tem que ter sangue frio'


Ele lançou a moda no Brasil em 1995. Inspirado no ex-meia tcheco Antonín Panenka, Djalminha, vestindo a camisa do Guarani, bateu seu primeiro pênalti com cavadinha diante do Internacional, no dia 28 de outubro daquele ano, em partida do Campeonato Brasileiro. Desde então, virou referência neste tipo de jogada e, em entrevista ao ‘É Gol!!!’ , ensina aos que querem aprender a usar tal artifício.


- Tudo passa pelo sangue frio. A batida em si não é tão difícil. Tem que ter a técnica, mas os momentos mais fáceis são os decisivos, porque o goleiro fica ansioso para pegar e vai arriscar um canto. Têm uns macetes para o goleiro sair para o canto, mas uns se dão mal - disse, lembrando que em sua primeira vez, encarou logo um especialista.


- Na época, o goleiro era o goleiro era o Goycochea, que tinha fama de pegador de pênaltis. Então, observando que ele sempre pulava antes e arriscava o canto para agarrar, eu pensei que aquele era o momento de começar com a cavadinha e acabou dando certo.


Djalminha showbol Flamengo (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)Djalminha é o melhor jogador de showbol do Brasil (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)


Especialista no assunto, Djalminha escolheu dois jogadores como exemplos de cavadinhas bem-sucedidas no futebol mundial. O uruguaio Loco Abreu ficou famoso pelo lance em jogos do Botafogo e também na Copa do Mundo de 2010, pela seleção. Já o volante Pirlo ajudou Itália a se classificar para a final da Eurocopa deste ano batendo com tal habilidade.


- O Loco Abreu faz muito bem, vai para a bola com a passada larga, do jeito que tem que ser. E o Pirlo também – explicou o “professor”, que hoje em dia continua praticando o lance com a camisa do Flamengo e da seleção brasileira de showbol.


Sobre a cobrança de Maicosuel: ‘Foi muito devagar para a bola’


Maicosuel, Udinese x Braga (Foto: Agência Getty Images)Maicosuel desperdiça cobrança diante do Braga,

pela pré-Liga dos Campeões (Foto: Getty Images)


Quem ficou famoso recentemente por causa de uma cavadinha foi o meia Maicosuel. Mas o meia da Udinese foi traído pelo artifício. Na pré-Liga dos Campeões, ele cobrou o último de sua equipe na disputa de tiros livres contra o Braga . Mas o goleiro do time português ficou parado no meio, agarrou e desclassificou os italianos da competição.


- Era uma partida muito importante para a Udinese. Sair de uma Liga dos Campeões e ter que jogar a Liga Europa por causa de uma jogada como essa pesa. Ele bateu mal, foi muito devagar para a bola, o goleiro nem caiu no chão. Eu nunca bati com cavadinha que eu não fosse em velocidade para a bola, sempre ia rápido para o goleiro sair antes, senão ele ficava esperando - analisou.


O ex-jogador garante que nunca falhou em uma cavadinha. E para terminar, deixa um aviso para os goleiros adversários que não gostam de seu estilo na hora das cobranças.


- Não é porque o Pirlo faz, que o Loco Abreu faz, que o Djalminha fez, que todo mundo vai conseguir. O objetivo não é humilhar o adversário, estou para fazer o gol. Se o goleiro não gostar, tem que fazer o seguinte: pegar – finalizou Djalminha.


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