Alyson Gonçalo, Bruno Cassucci e Fellipe Lucena - 06/09/2012 - 06:00 Santos (SP)
É difícil para o torcedor santista manter o otimismo para o jogo contra Fluminense, nesta quinta-feira, às 21h, no Engenhão. Vindo de duas derrotas seguidas, o Peixe não terá Arouca, Ganso e Neymar e enfrentará nada menos que um dos líderes do Brasileirão e time cuja defesa é a menos vazada do torneio, com apenas 14 gols sofridos.
No entanto, há pelo menos um bom motivo para acreditar que o Santos conseguirá romper o “paredão” tricolor e voltar do Rio de Janeiro com a vitória: André, que tem fama de “carrasco” do Flu.
Foi justamente contra o rival desta noite que o atacante marcou seu primeiro gol como profissional, no Brasileirão de 2009. De lá para cá, enfrentou o time carioca mais três vezes e deixou sua marca em três oportunidades.
Sem ficar em cima do muro, o camisa 9 confirma que gosta de enfrentar o Fluminense e já pensa em balançar as redes do clube de Laranjeiras mais uma vez.
– É uma equipe que eu costumo marcar, tem um gostinho especial contra eles, sim. Quase sempre que joguei contra eles fiz gols, vamos ver se continuamos assim. Dessa vez estamos precisando muito. Vamos ver, espero fazer de novo, quero vencer novamente – comentou.
O atacante, porém, não aceita o rótulo de salvador da pátria para o jogo dessa noite. Mesmo sendo o destaque da equipe nos últimos jogos – no Brasileirão, foram quatro gols em cinco partidas – André não se vê como a estrela do Santos.
– Sou mais um jogador que quer ajudar o Santos, aqui é o grupo. Não sou o cara, sou apenas mais um disposto a ajudar o time.
Será que ele consegue manter a fama de algoz do Tricolor e, assim, reerguer o Santos e evitar que o Fluminense assuma a liderança?
Santos é o que menos finaliza
Diferentemente dos anos anteriores, quando ficou marcado por ter um dos melhores ataques do Brasil, o Santos não vem com boa média nesse Brasileirão. Tanto é que balançou a redes apenas 25 vezes no campeonato, sendo o 12ª no ranking de gols marcados.
Uma das explicações para tal rendimento é a escassez de chutes. O Peixe é o time que menos chuta no Nacional. Em 21 jogos, foram 236 finalizações – 11 por partida. Destas, somente 89 foram ao alvo e 147 fora. Para efeito de comparação, o Inter, time que mais conclui, tinha 297 arremates até enfrentar o São Paulo, ontem.
Bate-Bola com André, atacante do Santos, em entrevista coletiva:
É possível vencer o vice-líder do Brasileiro, mesmo sem os principais jogadores, como Neymar e Ganso?
Neymar, Arouca e Ganso, são diferentes, de qualidade indiscutível e por isso estão na Seleção. Mas temos outros grandes jogadores aqui, temos que ir para o Rio sabendo que vamos encarar o Fluminense, time forte... é difícil, sim, mas os jogadores que vão entrar irão suprir as ausências e mostrar valor.
Jogar com Felipe Anderson e Bernardo e não Ganso muda muito?
São diferentes, o Ganso tem mais qualidade, o Bernardo usa mais a força, são qualidades diferentes.
O Santos está mais perto do rebaixamento do que do G4. Ainda dá para acreditar em vaga na Liberta?
A torcida tem que acreditar nos jogadores que estão aqui. Lógico que suprir a ausência de Neymar, Ganso e Arouca é difícil, mas quem entra também tem qualidade. Esperamos fazer um grande jogo, já que perdemos em casa, e temos de recuperar o máximo possível. Precisamos vencer de qualquer jeito.
O que tem que mudar em relação aos últimos jogos, quando o Peixe perdeu para Bahia e Sport?
Contra o Sport faltou paciência e maturidade para ganharmos o jogo fora de casa. Temos que ir para o Rio sabendo que o Fluminense é um grande adversário e não podemos nos expor muito. Temos que ter paciência para aproveitar as oportunidades que aparecerem.
Prefere jogar com Patito ou Bill?
Muricy não falou nada, mas muda um pouquinho. O Bill é um cara de área e Patito joga pelo lado. Independentemente de quem jogar, sei que entrará forte para vencermos.