Bruno Rodrigues - 01/10/2013 - 07:04 São Paulo (SP)
Muricy Ramalho é um dos maiores técnicos da história do São Paulo. Para muitos só não supera Telê Santana, símbolo do clube nas conquistas do bi da Libertadores e do Mundial no início dos anos 90.
Contudo, quem pensa que a época do tri brasileiro no Morumbi significou a de melhor ambiente de trabalho na sua carreira, está enganado. Foi justamente no Santos, adversário desta quarta-feira, que o treinador presenciou o clima mais agradável de sua vida fora das quatro linhas.
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– O significado (do clássico de amanhã) é que vou estar no melhor lugar em que eu trabalhei no futebol em termos de ambiente. Desse lugar a gente tem saudade, eu deixei muitos amigos, eu praticamente morei no CT. As pessoas ficam fazendo parte da nossa família. Voltarei a encontrar amigos, no demais é futebol como sempre – afirmou na entrevista coletiva após a derrota para o Grêmio, no último domingo.
No clube da Vila Belmiro, Muricy conquistou seu título mais importante como treinador: a Copa Libertadores de 2011, após bater o Peñarol (URU) na decisão. Além do torneio continental, levantou dois Campeonatos Paulistas e uma Recopa Sul-Americana, conquistas inéditas para ele e que, somadas aos Nacionais por São Paulo e Fluminense, o alçaram à condição de um dos melhores técnicos do Brasil nos últimos anos.
Muricy pisará pela primeira vez na casa santista após sua saída, em maio deste ano. Vitorioso tanto pelo Peixe como pelo Tricolor, o comandante não deverá ter recepção tão hostil como a que teve Paulo Henrique Ganso, recebido com moedas e inúmeras vaias em duelo pelo Campeonato Paulista desta temporada.
Entretanto, sem conseguir prever como será o reencontro com os alvinegros, certo é que Muricy está na história do Santos, e tem a oportunidade de seguir escrevendo sua trajetória no São Paulo. História que passa pelo fim do risco de rebaixamento. Risco que pode diminuir com um resultado positivo nesta quarta-feira.
