Na média, ele é o terceiro jogador que mais desarma no Campeonato Brasileiro: foram 48 roubadas de bola em 18 partidas (2,53 por jogo). Ao mesmo tempo, é um dos que mais receberam cartões, quase sempre por “excesso de vontade” (sete amarelos e um vermelho). Dá para entender porque o volante Alison tem sido um dos jogadores mais admirados pela torcida do Santos na temporada.
A maior prova desse carinho foi vista naquele que Alison diz ter sido um dos momentos mais complicados da carreira: o cartão vermelho recebido ainda no primeiro tempo do clássico com o São Paulo, pelo Brasileirão, após falta dura em Douglas - o Peixe vencia por 1 a 0. Só que ao invés de vaias, o volante foi ovacionado pelos torcedores presentes na Vila Belmiro. A lembrança ainda mexe com o jogador, de apenas 20 anos.
- Sabia que era um jogo importante. Estávamos bem, e todos sabem que correr com um a menos é difícil. Mas o que me confortou foram o apoio da torcida, que me acolheu, e dos jogadores, que prometeram que iriam correr por mim e vencer – recorda o jovem, que por conta do estilo de jogo, ganhou dos companheiros apelidos significativos, como “Pitbull” e até mesmo “Cachorro Louco”.
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Embora reconheça que precisa aprender a dosar a força nas divididas de bola, Alison não pretende mudar a forma de jogar que conquistou a torcida alvinegra e convenceu o Santos a renovar seu vínculo até 2017.
- Tenho conversado com o Claudinei (Oliveira, técnico). Não é toda hora que é possível dar o bote. Mas sou novo, tenho muita coisa para aprender. Não posso mudar o jeito de jogar, mas dosar a força – resume o volante, que afirma se inspirar nos companheiros Arouca e Renê Júnior, além do ex-santista Adriano, hoje no Grêmio.
Alison afirma que não vai mudar forma de atuar (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
