Nas Olimpíadas de Londres, Neymar não brilhou, mas teve papel importante: além dos três gols que fez, o atacante foi o principal criador de jogadas para os companheiros marcarem - foram quatro passes decisivos. Apesar disso, a derrota na disputa da medalha de ouro para o México por 2 a 1 fez com que o santista se tornasse um dos principais alvos de críticas por parte da torcida brasileira.
Apesar da pressão pós-olímpica sobre Neymar, o técnico Muricy Ramalho é otimista quanto ao atacante. Na opinião do treinador, o craque de moicano foi bem em Londres e será muito importante na formação da equipe comandada por Mano Menezes. O motivo? Segundo Muricy, é porque o camisa 11 do Peixe é "diferente".
– Se a gente analisar (o desempenho dele na Seleção), ele jogou bem. Fez gols e coisas que não fazia tanto, como servir. Quando se perde um título, o "fera" do time é o mais criticado. Ele está convivendo com isso, mas isso não tem mexido nada com ele. Tanto que voou 14 horas de avião (de quarta para quinta-feira), dormiu meia hora, foi para o jogo (contra o Figueirense) e arrebentou – destacou.
De fato, Neymar não parece abatido com a pressão. Logo no primeiro jogo pela Seleção após a perda do ouro em Londres, o camisa 11 fez o cruzamento para o primeiro gol brasileiro (de Leandro Damião) na vitória por 3 a 0 sobre a Suécia, em Estocolmo. Pouco mais de 24 horas depois, já no Brasil, reapresentou-se ao Santos e foi decisivo no 3 a 1 aplicado sobre o Figueirense, em Florianópolis.
Críticas existem aos melhores, e ele (Neymar) realmente é o melhor. Quando a Seleção estiver mais entrosada, o jogo dele aparecerá mais"
Muricy Ramalho
A maratona teve sequência no domingo, quando o atacante voltou a se destacar pelo Peixe. No clássico diante do Corinthians, Neymar foi "garçom" e, depois de bela jogada no primeiro tempo, fez o cruzamento para o gol de André. Foi dele, também, a cobrança de escanteio na primeira trave que culminou no gol de Bruno Rodrigo, já na etapa final, que assegurou a vitória santista contra o Timão por 3 a 2.
– Críticas existem aos melhores, e ele (Neymar) realmente é o melhor. É quem dá exemplo nos treinamentos. Quando a Seleção estiver mais entrosada, o jogo dele aparecerá mais. Somos muito exigentes, mas não podemos esquecer que a Seleção ainda está em formação. Quando estiver pronta, os caras diferentes, como o Neymar, vão decidir – completou o comandante.
Nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), Neymar, Muricy e os demais santistas terão novo compromisso: enfrentam a Universidad de Chile, em Santiago, no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana.
Já no sábado, às 18h30m, os alvinegros retornam a campo para encarar o Palmeiras, pela 19ª rodada do Brasileirão.
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