Santistas ainda querem permanência de Ganso
(Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
Apesar das recentes manifestações de torcedores do Santos contrárias à permanência de Paulo Henrique Ganso no clube, como a pichação em muros do CT Rei Pelé e a chuva de moedas após a derrota para o Bahia, a maioria dos santistas vai mesmo é sentir falta do camisa 10. É o que mostra uma pesquisa realizada no dia 18 de setembro pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) com 600 torcedores do Peixe moradores de Santos, em onze pontos da cidade, publicada no jornal A Tribuna desta quarta. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
De acordo com os números, sete em cada dez santista (ou, mais precisamente, 69,9%) admitem que Ganso fará falta ao Peixe, enquanto apenas 27,5% avaliam que a saída do meia não muda nada para o time de Muricy Ramalho. Também segundo a pesquisa, a maior parte dos torcedores não concordam com o adeus do "Maestro". O índice (51,1%), porém, já é de maior equilíbrio em relação aos que acreditam ser o momento do camisa 10 deixar a Vila Belmiro (45,2%).
Um dado curioso identificado pela pesquisa é que são as torcedoras as que desequilibram a favor de Ganso no que diz respeito a não concordar com a saída do jogador. Para 52% dos santistas homens, o meia deveria seguir na Vila, enquanto apenas 38,4% das mulheres torcem pela saída do camisa 10. Vale destacar que segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santos é a cidade com maior proporção de mulheres no País, o que reforça o peso da massa feminina nos resultados.
A pesquisa ainda questionou os torcedores sobre qualidade técnica de Ganso. Apesar das várias contusões, o camisa 10 é visto por 44,3% dos santistas como um "bom" jogador, e por 42,7% como "ótimo". Significa dizer que para 87% dos entrevistados, o futebol de Ganso ainda está em alta.
Pesquisa à parte, Ganso não tem mais clima para continuar na Vila Belmiro. Seu destino, porém, é incerto. Nesta quarta-feira pela manhã, em nota oficial, o Santos confirmou ter aceitado a nova proposta do São Paulo (R$ 23,8 milhões à vista e mais 5% do lucro de uma eventual venda do jogador nos próximos dois anos), mas informou que enquanto a pendência jurídica com o Grupo DIS (detentor de 55% dos direitos sobre o jogador) não for solucionada, Ganso não será liberado.