Bruno Cassucci - 26/11/2012 - 06:00 São Paulo (SP)
A paciência do técnico Muricy Ramalho com a diretoria do Santos está próxima do limite. O treinador está irritado com a lentidão do clube para se reforçar e sobretudo com o fato de o Peixe não ter conseguido contratar alguns jogadores que ele pediu. A perda de Diego Souza, que fechou com o Cruzeiro na última sexta-feira, foi a gota d’água. O meia negociava com o Alvinegro até quinta-feira, quando fez algumas exigências não atendidas e optou pela Raposa.
O mesmo já havia acontecido com Renato Augusto, do Bayer (ALE), outro indicado por Muricy.
Ao ver os insucessos se acumularem e as opções irem diminuindo, o comandante santista desabafou após o empate com o Corinthians, no último sábado, no Pacaembu.
– Precisa de contratações, né? Estamos fazendo muitas reuniões, só ficamos em reuniões. O ano está acabando, vamos entrar em férias e não chega ninguém, é preciso apressar as coisas – comentou.
Revoltado com a situação, o treinador se apegou a expressão de São Tomé, personagem bíblico que dizia: “Preciso ver para crer.”
– Sou como São Tomé. Me contaram uma historia legal, mas fica só nisso. Estou cansado de história. Quando vier e assinar, parabéns! Eu estou cansado dessa situação.
Embora publicamente a diretoria santista coloque panos quentes na situação, os membros do Comitê de Gestão do clube não estão satisfeitos com a lavagem de roupa suja via imprensa. Mesmo sendo contestado por esses e outros motivos, Muricy não corre riscos, já que a cúpula alvinegra considera ele o melhor nome disponível no mercado.
A tendência é que as contratações que o técnico tanto pede comecem a acontecer nessa semana. Renê Júnior, volante da Ponte Preta, está próximo, e seguem as negociações com Eron, lateral do Atlético-GO, e Montillo, meia do Cruzeiro.