Diego e Robinho. Paulo Henrique Ganso e Neymar. Nos últimos anos, a torcida do Santos se acostumou a depositar suas esperanças em duplas de respeito na Vila Belmiro. A vez agora é de Neilton e Gabriel, o Gabigol. Se o futebol ainda não é o mesmo, ao menos na amizade os garotos já se assemelham a outros duetos de Meninos da Vila que fizeram sucesso no Peixe.
– Nós nos conhecemos desde a escolinha (no ABC paulista). É um moleque gente boa. Temos parceria dentro e fora de campo e isso é muito bom – afirmou Neilton, em entrevista coletiva na sala de imprensa do CT Rei Pelé, ao lado do "parça" Gabriel.
Gabigol e Neilton se divertem durante entrevista coletiva no CT Rei Pelé (Foto: Fernando Prandi)
Com 19 anos, o atacante Neilton começou a temporada na reserva do time que foi campeão da Copa São Paulo, em janeiro. No entanto, ganhou espaço na equipe profissional durante o ano e foi titular pela primeira vez no empate por 1 a 1 contra o Grêmio, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Depois da boa atuação diante dos gaúchos, a tendência é que ele siga como dono da camisa 11.
Já Gabriel tem 16 anos e nem sequer foi relacionado para a Copa São Paulo. Porém, mesmo sendo mais novo, foi promovido para os profissionais pouco antes de começar o Brasileirão e entrou no decorrer dos três jogos do Peixe na competição.
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A multa rescisória dele é de 50 milhões de euros (cerca de R$ 140 milhões). Sobre a parceria com Neilton, Gabriel destaca o companheirismo dos dois.
– É legal nossa convivência. Dividimos o quarto, escutamos música, saímos para almoçar, jantar... O Neilton é um moleque muito maneiro e torço por ele – disse Gabriel.
Ambos, no entanto, tentam evitar comparações com os jogadores que fizeram grande sucesso recentemente.
– Eles fizeram as história deles, e nós queremos fazer a nossa. E não é só a gente. Também tem o Giva, Pedro Castro, Léo Cittadini... – ressaltou Gabriel.
– A cobrança é complicada, claro. A torcida quer outro Neymar, Robinho, e isso é forte demais em cima da gente. Mas temos de estar preparados e não pensar em fazer o que eles fizeram – completou Neilton.