sexta-feira, 28 de junho de 2013

Luis Alvaro revela drama em hospital: 'Expectativa de vida era de 2%'


Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ainda se recupera de uma sequência de problemas de saúde, que o acometem desde o final do ano passado. Mesmo assim, procura participar o máximo que pode das decisões importantes do Santos. Os constantes contatos com a imprensa também diminuíram, mas em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o presidente alvinegro falou sobre os momentos difíceis que passou no hospital em fevereiro deste ano - quando, segundo ele, quase faleceu.


- Foram dias terríveis, imobilizado na cama, conectado a equipamentos. Consegui sobreviver a um prognóstico muito perverso. Segundo os médicos de plantão, quando cheguei pela segunda vez no mesmo dia (28 de fevereiro) ao (Hospital Albert) Einstein (em São Paulo), a expectativa de vida que eu tinha era de 2%, mas consegui sobreviver – revela.



Laor (como é conhecido o dirigente) já havia tido problemas de saúde a frente do clube. Em 2010, sofreu uma crise de pancreatite. No final do ano passado, tirou uma licença médica de 60 dias, após os exames apontarem cansaço, retornando ao comando do Peixe no começo de fevereiro. No final desse mesmo mês, foi ao hospital para realizar uma biópsia no pulmão. Foi quando a situação ficou delicada.


- Eu tive um episódio muito sério de saúde. Há algum tempo, vinha com um problema claramente de pulmão, além dos antecedentes cardíacos. Eu cheguei a ser internado para fazer biopsia do pulmão, imaginando que fosse algo mais sério. E, dessa biópsia, ocorreu um acidente que me levou a uma situação muito precária - explica.


Luis Alvaro Foto bandeira (Foto: Lincoln Chaves)Presidente Luis Alvaro recebe a reportagem do GLOBOESPORTE.COM e posa ao lado da bandeira do Santos, na sala da presidência do clube, na Vila Belmiro (Foto: Lincoln Chaves)


Mesmo "fora de combate", ele procurava acompanhar o Santos, na medida do possível. Contou até uma televisão improvisada e ajuda dos funcionários do hospital.


- Conseguia, quando muito, ver os jogos do Santos por uma ligação "clandestina" da TV com o computador. O pessoal do Einstein facilitou, porque não tinha o pay per view (risos)... Mas a sensação de não poder fazer nada, nem sequer "cornetar", era perversa - conta.


Depois da recuperação no hospital, que durou cerca de 60 dias na UTI e na unidade semi-intensiva, Laor tenta retomar, aos poucos, as tarefas diárias.


- O processo de recuperação é lento e gradual. Faço fisioterapia dias vezes por dia, o que tem prejudicado a minha presença no clube. Em julho, serão apenas três vezes por semana, mas vou poder passar dois dias da semana em Santos ao longo do próximo mês, até que tudo se normalize. Ainda há um cansaço, mas já estou fazendo bicicleta, musculação e exercícios respiratórios. Estou a cada dia melhor e isso é animador. Mas é claro, é necessário paciência - conclui.