Montillo quer dividir responsabilidade no Santos
(Foto: Ricardo Saibun/ Santos FC)
Mais caro reforço da história do Santos - custou R$ 16 milhões aos cofres do clube -, Montillo chegou à Vila Belmiro com a missão de dividir os holofotes e a missão de liderar o time dentro de campo com Neymar. Sem o atacante, que deixou o Peixe no final de maio, ao ser negociado com o Barcelona, o argentino, que ainda tenta se afirmar na equipe, vira a estrela de um time ainda muito jovem e em reformulação. O meia, no entanto, minimiza o protagonismo.
- A responsabilidade é chamada por todos. O Santos tinha se acostumado a jogar com o Neymar porque ele chamava o jogo, nunca se machucava. Mas agora o Santos vive essa mudança, e ela tem de se dar o mais rápido possível. Vou assumir minha responsabilidade dentro de campo, melhorar o que fiz até agora. E com cada um pensando individualmente, o grupo melhora e volta a ser aquele time difícil de se vencer de antes - avalia.
Apesar disso, Montillo entende que, em um elenco tão jovem, cabe a ele e outros mais experientes dar tranquilidade e respaldo à nova geração. A safra de Neílton, Gabriel, Giva, Léo Cittadini e companhia, aliás, é exaltada pelo argentino.
- A garotada que chega sempre tem vontade de mostrar futebol. Então nós, que temos mais experiência, temos de dar esse respaldo, esse equilíbrio. Com um ou dois jogos, não se pode pensar que o time está bem ou mal. Ajudá-los, por exemplo, a não pular etapas. Mostrar que eles são parte importante do Santos, mas tudo com tranquilidade. E eles também ajudam, não só a mim. Têm qualidade para estar aqui e ainda vão dar alegrias à torcida - destaca.
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Montillo não atuou na derrota por 3 a 1 para o Criciúma, nem na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, últimos jogos antes da pausa do Campeonato Brasileiro para a Copa das Confederações. Neste período, ele estava com a seleção argentina durante as eliminatórias para a Copa do Mundo. O meia, que se reapresentou ao clube na terça-feira, vê com bons olhos o período sem jogos no Brasileirão para que o Santos retorne bem para a sequência da competição.
- Foi boa essa vitória em casa. Ainda mais importante por ser contra um time que vinha bem, como o Atlético-MG. Às vezes, uma parada como essas é boa. São 20 dias para melhorarmos as partes física, tática e técnica. Essa (16º lugar, com cinco pontos) não é posição para o Santos. Pensávamos outra coisa. O time não estava bem. Então temos de trabalhar para retornarmos (ao Brasileiro) da melhor maneira - conclui.