A matemática nunca falha. Mas os números às vezes enganam, e o mais pode ser menos no fim das contas. O clássico entre Corinthians e Santos, neste domingo, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, é prova disso. Alexandre Pato , contratado por R$ 40 milhões, é talvez o último jogador que a fiel torcida queira ver com a camisa do clube. Cícero , que chegou ao Peixe após rescindir contrato com o São Paulo, é o oposto: goleador - embora não seja atacante -, ele é uma espécie de porto seguro do Alvinegro Praiano.
Personagens de um clássico que completou 100 anos em 2013, Pato e Cícero parecem viver um o papel destinado ao outro. Era do atacante corintiano que se esperava gols e finalizações aos montes, mas é o meio-campista santista quem os oferece em abundância. Na temporada, o jogador do Peixe faz barba, cabelo e bigode sobre o adversário de domingo: tem mais jogos (60 x 51), mais gols (19 x 16) e, no Brasileirão, finalizou mais vezes (68 x 52).
Cícero e Pato vivem momentos distintos, mas quem vai se dar melhor no clássico?
Em lua de mel com uma torcida que se acostumou a vibrar com os gols de Neymar, Cícero vive uma fase que ele mesmo reconhece ser a melhor da carreira. É o recordista de jogos e gols do Santos na temporada. Além disso, sua versatilidade enche os olhos do técnico Claudinei Oliveira, que já chegou a compará-lo a Paulinho, volante do Tottenham e da seleção brasileira. Em 2013, já atuou como volante, meia e atacante. Contra o Corinthians, é presença certa no meio campo santista.
Pato, por sua vez, vive seu pior momento no Parque São Jorge. A frustrada cavadinha contra o Grêmio, na disputa de pênaltis que acabou resultando na desclassificação corintiana nas quartas de final da Copa do Brasil, transformou a sua situação no clube em um verdadeiro caldeirão - como se ela já fosse tranquila desde o camisa 7 ser "acusado" de viver em um mundo paralelo à "loucura" corintiana. Vilipendiado pelos torcedores, ele vai ser reserva no clássico, ainda que Tite não tenha à disposição para o clássico o suspenso Romarinho e o lesionado Paolo Guerrero.
Na ciência nada exata do futebol, fica a dúvida: será que menos vai ser mais também no clássico de domingo? A batalha da Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, vai se encarregar de responder...