domingo, 26 de agosto de 2012

Chateado com Luis Alvaro, Ganso rebate nota oficial e 'inverdades' sobre negociação


LANCEPRESS!

26/08/2012 - 16:09

Santos (SP)


A guerra entre Paulo Henrique Ganso e Santos parece longe de um fim. No novo capítulo, desenrolado após a vitória do Santos sobre o Palmeiras, no último sábado, o meia rebateu o presidente Luis Alvaro Ribeiro, a quem acusou de jogá-lo contra a torcida.


Antes do clássico, Luis Alvaro disse que a polêmica já tinha enchido o saco e reforçou o publicado em nota na última quinta-feira, lamentando a declaração de Ganso: “Seria um prazer jogar no São Paulo”. O meia, por sua vez, rebateu.


– A nota oficial foi uma coisa infeliz. Não deveria ter sido emitida. Só serviu para aumentar (a insatisfação da torcida), mas tento manter a cabeça boa e evitar a briga o máximo possível – afirmou o camisa 10.


Sobre a declaração, Ganso deu sua versão semelhante a que Muricy Ramalho já havia dito após o clássico. Ou seja, de que precisava ser respeitoso com o São Paulo.


– Foi apenas uma forma educada de falar, não só do São Paulo, mas de todos os clubes do Brasil. Não se pode menosprezar ninguém, não sabemos o dia de amanhã – disse Ganso.


Ora tranquilo, ora mostrando claro descontentamento, o jogador procurou esclarecer o porquê de estar em pé de guerra com a diretoria. O último conflito entrou em cena após as tratativas para renovação de contrato. O meia questionou os valores que o Santos diz ter oferecido e afirma que não seria louco de recusar R$ 420 mil. No entanto, na época, o jogador chegou a pedir R$ 1 milhão.


– Não sou nenhum burro para não aceitar um valor desses. Se tivesse sido oferecido, eu teria aceitado – diz.


Ganso recebe hoje R$ 130 mil mensais, um dos piores valores entre os titulares da equipe. É um dos fatores pelo descontentamento, agravado agora com a ira da torcida.


No clássico, os santistas presentes repetiram por diversas vezes o grito de “Não é mole, não, ô Paulo Henrique, respeito com o Peixão”.


Ganso, que viveu situação semelhante ano passado, quando negociou com o Corinthians, diz que está acostumado com esse tipo de situação e não soube dizer se a atitude pode ter sido orquestrada.


– Não sei se foi orquestrada ou não. Sei que vou continuar trabalhando para sempre ajudar o Santos como fiz hoje – afirmou.


O meia disputou quatro jogos no Brasileirão e está pendurado. Ou seja, ele pode jogar mais dois jogos apenas para poder atuar na competição por outra equipe. Se ficar suspenso, o sétimo jogo seria justamente contra o São Paulo, na quarta rodada do segundo turno.


O Tricolor fez uma proposta pelo meia, mas o Peixe recusou. E o futuro de Ganso segue indefinido.