Lima e Pepe com a taça do Mundial de 1962
(Foto: Lincoln Chaves / Globoesporte.com)
A goleada por 5 a 2 sobre o Benfica, no Estádio da Luz, em outubro de 1962, deu ao Santos de Pelé o primeiro título mundial da história do clube. Em novembro do ano seguinte, a vitória por 1 a 0 diante do Milan, no Maracanã, garantiu o bimundial ao Peixe. Mas para o ex-jogador Lima, um dos ídolos da geração campeã ante portugueses e italianos, ainda falta o reconhecimento a um terceiro título mundial do Alvinegro: o da Recopa dos Campeões Intercontinentais de 1968.
A competição em questão reuniu Santos, Peñarol do Uruguai, Racing da Argentina e a Inter de Milão (que substituiu o Real Madrid). No primeiro jogo decisão da Recopa Intercontinental, contra os italianos, mesmo atuando em Milão, o Alvinegro levou a melhor e venceu por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro. O Inter, porém, negou-se a disputar a partida de volta e o caneco ficou em Santos.
Creio que esse título deva ser reconhecido da mesma forma que o do Corinthians, em 2000"
Lima
– Acho que é o que se pede é o reconhecimento (do título) como algo oficial. Porque eu me considero campeão. Fui lá, joguei e ganhei. Dentre as minhas recordações, estão lá a faixa e a medalha. Elas fazem parte das coisas que guardo com carinho da minha carreira – destacou Lima, que ainda cutucou o título conquistado em 2000 pelo Corinthians, apontado pela Fifa como o primeiro Mundial de Clubes.
– Creio que esse título (Recopa) deva ser reconhecido da mesma forma que o do Corinthians. Naquele torneio, vieram três ou quatro equipes que estavam de férias para disputar um campeonato em São Paulo e no Rio de Janeiro, e todo mundo considera oficial. Eu defendo (o título de 1968) porque foi uma coisa oficialmente instituída por quem regia o futebol. O Santos foi, participou e ganhou – completou.
Em dezembro de 2010, após a CBF reconhecer as conquistas nacionais (cinco Taças Brasil e um Robertão) do Santos da década de 60 como títulos do Campeonato Brasileiro, o clube cogitou acionar a Fifa pelo reconhecimento da Recopa de 1968 como Mundial. Apesar do otimismo com o qual a diretoria encarava a questão, o assunto não teve sequência.
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